As imagens, publicadas na semana passada, do petroleiro Nabarima, carregado de 1,3 milhão de barris de petróleo e ancorado no golfo de Paria, mostram que ele está inclinado para o lado, o que gerou preocupações sobre possível derramamento de petróleo.

A empresa estatal venezuelana Petróleo da Venezuela (PDVSA, na sigla em inglês) pretende descarregar petróleo da unidade flutuante Nabarima, de acordo com a fonte citada pela agência Reuters.

A transferência de petróleo de instalação por meio de navio para navio (STS, na sigla em inglês) está sendo considerada apesar das preocupações ambientais.

Unidade flutuante Nabarima operada por uma joint venture entre a PDVSA, através da Petrosucre, e da italiana Eni SpA no golfo de Paria, entre a Venezuela e Trinidad e Tobago, 16 de outubro de 2020
© REUTERS / FISHERMEN AND FRIENDS OF THE SEA Unidade flutuante Nabarima operada por uma joint venture entre a PDVSA, através da Petrosucre, e da italiana Eni SpA no golfo de Paria, entre a Venezuela e Trinidad e Tobago, 16 de outubro de 2020

Ameaça de derramamento de petróleo

Considera-se que a decisão de transferência de petróleo foi provocada por ameaças de problemas ambientais. A alarmante foto da unidade flutuante de armazenamento e transferência ancorada no golfo de Paria, na costa da Venezuela, apareceu em 16 de outubro, mostrando o navio inclinado para um lado.

Um grupo ambientalista de país vizinho Trinidad e Tobago alertou sobre o potencial derramamento de petróleo.

“Estamos preocupados com a história natural da área, com comunidades humanas que dependem de ecossistema e de um ecossistema saudável […] Com espécies ameaçadas, endêmicas e em perigo de extinção. E há todas as indústrias, turismo e setor industrial. Tudo está conectado aqui”, comentou Gary Aboud, fundador e porta-voz do grupo de defesa trinitino Pescadores e Amigos do Mar.

Em setembro, a PDVSA tentou diminuir o risco de derramamento de petróleo depois que o navio inclinou oito graus em agosto, supostamente por causa de uma inundação na sala das máquinas.

No entanto, a Reuters citou uma fonte afirmando que o navio está inclinado para um lado para facilitar reparos.

Petróleo sancionado

O petroleiro Nabarima, construído em 2005, é uma joint venture entre a PDVSA, através da Petrosucre, e da italiana Eni SpA.

O navio está parado há mais de um ano devido às sanções dos EUA à PDVSA. Petrosucre foi forçada a suspender a extração por causa das sanções norte-americanas em janeiro de 2019.

 

Fonte: Sputnik Brasil