Por Sérgio Jones*

Prova inconteste de que a participação do eleitor nas eleições é meramente pró forma que busca dar uma aparência de legalidade, para um modelo de democracia burguesa desgastada e decadente. Fato que pode ser facilmente comprovado através de comportamentos subservientes e declarações abjetas adotados pelos chamados representantes do povo.

Exemplo singular, nos é mais uma vez dado, com a materialização de discurso proferido na imprensa feirense pelo ex-deputado federal Fernando Torres (PSD), durante entrevista. Em resposta ao então vereador José Meneses (Zé Filé), que se propôs indicar o nome dele para compor a vaga de vice-prefeito na chapa do prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins (MDB).

Tendo o comportamento similar aos dos insetos que voam em direção à luz, ao contrário do que a maioria das pessoas imaginam, estes não são atraídos por ela. Na verdade, estes insetos buscam a luminosidade para se orientarem pois precisam de pontos fixos, como o sol, a lua e as estrelas.

Os insetos políticos, nesse aspecto, são similares às mariposas e cascudinhos. Entretanto, se diferem deles e são atraídos por interesses outros, nem sempre confessáveis. Se utilizando e procurando se exercitar cada vez melhor na arte da mentira, eles proferem frases tipo: “Sou pré-candidato a vereador e a presidente da Câmara Municipal, para consertar as mazelas desse Legislativo”. Quando as verdadeiras mazelas são eles.

Adotando uma atitude de execrável subserviência, Torres prossegue em sua desgastada verborragia ao dizer que a escolha da vaga para o vice deve partir do imperador da Catinga ou seja do ex-prefeito Zé Ronaldo, que se encontra encastelado no poder, há mais de duas décadas.

Mesmo não exercendo, no momento, nenhum cargo político é ele que continua manipulando os cordéis dos patéticos bonecos da política feirense. São esses velhos políticos que se apresentam ao povo, como o novo. Quando na verdade, continua sendo os mesmos velhos.

*Sérgio Jones, jornalista ([email protected])