O dono da rede de restaurantes Madero, Junior Durski, acredita que o número de mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil não será tão grave quanto o de desempregos. O empresário é contrário às medidas adotadas no Brasil para tentar frear a disseminação da doença.  Em um vídeo compartilhado por Durski nas redes sociais nesta segunda-feira (23), o empresário paranaense expressou sua opinião.

“O Brasil não pode parar dessa maneira. O Brasil não aguenta. Tem que ter trabalho, as pessoas têm que produzir, têm que trabalhar. O Brasil não tem que essa condição de ficar parado assim. As consequências que teremos economicamente no futuro vão ser muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus”, opinou.  Durski é sócio do apresentador da TV Globo Luciano Huck. Além de ser apoiador do presidente da República Jair Bolsonaro.

O empresário acredita que as consequências econômicas serão maiores do que cinco ou sete mil mortes que devem ocorrer por causa da Covid-19. “Eu sei que nós tínhamos que chorar, e vamos chorar cada uma das pessoas que morrerem com o coronavírus, vamos cuidar, isolar os idosos, isolar as pessoas que tenham algum problema de saúde, como diabetes, vamos. É nossa obrigação fazer isso. Mas não podemos, por conta de cinco mil pessoas, ou sete mil, vão morrer”, diz Durski.

Em seguida o dono do Madero cita dados de mortes por assassinato, desnutrição, tuberculose no Brasil. “Eu sei que é muito grave, que é um problema. Mas muito mais grave é o que já acontece no Brasil”, argumentou. “Agora vão morrer cinco mil pessoas por coronavírus que nós não podemos evitar. Não tem como fechar tudo, se esconder do inimigo e não trabalhar”, acrescentou.

Na publicação do vídeo, Junior Durski ainda previu “30, 40 milhões de desempregados” no próximo ano. “É o que teremos em 2021 se não parar este lockdown [bloqueio em livre tradução do inglês] insano. Vão morrer 300, 400, 500 mil pessoas nos próximos 2 anos no Brasil em consequência do dano econômico causado pelo lockdown”, afirmou.

“Estou preocupado com o Brasil, com a situação toda, com o pequeno empresário, o vendedor de pipoca, a pessoa que tem um mercadinho, um restaurantinho, um barzinho, esse vai quebrar e não vai ter o que fazer. Estou preocupado com os 30 milhões que não terão emprego em 2021. Tem que ser mais realista para esse negócio todo”, disse ao garantir que o Madero  (veja aqui) tem reservas e não vai demitir seus cerca de oito mil funcionários.

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