Nesta segunda-feira (3), um ataque armado contra uma vila na região norte de Burkina Faso deixou pelo menos 32 pessoas mortas e 17 feridos, informou uma fonte à Sputnik.

Segundo a fonte, o ataque obrigou dezenas de moradores a fugir para a fronteira com Níger. Ambos os países são parte da região do Sahel, considerada uma das áreas mais problemáticas da África, devido à constante presença de atividades terroristas e também de imigração ilegal.

Há uma semana, homens armados atacaram uma patrulha na região leste de Burkina Faso, matando três cidadãos da União Europeia (UE) e um soldado local. Já no domingo (2), um ataque armado matou 16 soldados na região oeste do Níger, sendo que outras duas pessoas foram sequestradas, segundo uma fonte das forças de segurança nigerinas informou à Sputnik.

Conforme publicou a agência France 24, foi deflagrada uma operação para encontrar os responsáveis pelo ataque desta segunda-feira (3) e garantir a segurança local.

No Níger, soldados nigerinos patrulham área na região do aeroporto de Diffa, no sudeste do país, perto na fronteira com a Nigéria, em 23 de dezembro de 2020
© AFP 2021 / ISSOUF SANOGO No Níger, soldados nigerinos patrulham área na região do aeroporto de Diffa, no sudeste do país, perto na fronteira com a Nigéria, em 23 de dezembro de 2020

A área onde ocorreram os ataques tem presença conhecida de grupos jihadistas ligados tanto ao Daesh quanto à Al-Qaeda (grupos terroristas proibidos na Rússia).

Com o objetivo de conter a ameaça terrorista na região do Sahel, a partir de 2014 a França passou a liderar a chamada Operação Barkhane, empregando cinco mil militares. A França mantém relações estreitas com os países do Sahel, sendo que colonizou boa parte da região no passado.

A operação conta também com forças dos exércitos do chamado bloco G5 do Sahel, que reúne Burkina Faso, Mali, Níger, Mauritânia e Chade.

Fonte: Sputnik Brasil