Em um pronunciamento no qual dá mostras de ter voltado ao seu estado normal, o presidente Jair Bolsonaro voltou a compara a pandemia do Covid-19 a uma gripezinha, pediu aos governadores e prefeitos para deixarem o conceito de “terra arrasada” e solicitou à população brasileira que “retorne à normalidade.

Segundo o presidente, governos municipais e estaduais devem interromper as medidas tomadas em combate ao coronavírus.

“Devemos, sim, voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar a proibição de transporte, fechamento do comércio e o confinamento em massa. O que se tem mostrado no mundo é que o grupo de risco é o das pessoas acima dos sessenta anos. Então por que fechar as escolas?”, questionou o presidente.

“Raros são os casos fatais de pessoas sãs, com menos de quarenta anos de idade. 90% de nós não teremos qualquer manifestação, caso se contamine. Devemos, sim, ter extrema preocupação em não transferir o vírus para os nossos queridos pais e avós, respeitando as orientações do Ministério da Saúde”, afirmou.

O presidente falou também que, caso ele seja contaminado, não precisará se preocupar. “No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, nada precisara me preocupar. Nada sentira ou seria acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele conhecido médioc daquela conhecida televisão”, disse o presidente referindo-se a Dráuzio Varela.

“Enquanto estou falando, o mundo busca o tratamento para a doença. O FDA americano e o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, buscam a eficácia da cloroquina no tratamento do Covid-9”, destacou.  Durante o seu pronunciamento, panelaços ocorreram no centro de São Paulo. Também foram registrados protestos em Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador.

Nos Estados Unidos país idolatrado pela família do presidente e ao qual Bolsonaro citou o órgão equivalente ao nosso Ministério da Saúde, o FDA, já morreram 600 pessoas e ao menos 40 mil foram infectados e as autoridades locais já estudam o fechamento de fronteiras internas para tentar conter o avanço da epidemia.

Da Redação ND com Brasil 247 – foto: Isac Nóbrega/PR