Jorge Arreaza, chanceler venezuelano, respondeu à Organização dos Estados Americanos (OEA), que quer ver investigadas supostas violações de direitos humanos na Venezuela.

Jorge Arreaza, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, criticou na terça-feira (3) uma declaração de um “painel de especialistas” da Organização dos Estados Americanos (OEA), que exortou o Tribunal Penal Internacional (TPI) a decidir o mais rápido possível sobre o exame preliminar que está realizando sobre o país sul-americano.

Um comunicado de segunda-feira (2) da OEA “instou” o TPI a “anunciar o início da investigação” sobre supostos crimes contra a humanidade praticados por Caracas.

“Qualquer atraso seria inapropriado”, comentaram os membros da OEA, insistindo que “qualquer visita deveria ser realizada como parte de uma investigação” sobre a Venezuela, e que o fizesse assim que estivesse aberta.

A Venezuela saiu da organização, com sede em Washington, EUA, em 2019, justificando a ação com a violação contínua do artigo 1º de sua própria Carta, que garante a não intervenção em assuntos “dentro da jurisdição interna dos Estados-membros”.

Tarek William Saab, procurador-geral da Venezuela, reclamou em uma entrevista em 20 de julho ao jornal Correo del Orinoco uma suposta falta de reciprocidade por parte de Fatou Bensouda, ex-procuradora do TPI, e espera que o novo chefe do órgão, Karim Khan, possa mudar essa situação.

Saab lembrou que a Venezuela também prepara um processo no TPI contra os EUA por “crimes contra a humanidade contra o povo venezuelano” como resultado da imposição de medidas coercitivas unilaterais por parte de Washington.

Fonte: Sputnik Brasil