Após decisão do governo norte-americano em dar abrigo temporário a residentes de Hong Kong que estão em território estadunidense, Pequim emite comunicado condenando a resolução, a qual chamou de “ação mesquinha dos EUA”.

Na quinta-feira (5), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um decreto que concede o direito de asilo por 18 meses em território norte-americano a certas categorias de residentes de Hong Kong que, segundo Washington, correm o risco de serem perseguidos pelas autoridades chinesas.

Biden também ordenou a criação de oportunidades de emprego para os habitantes provenientes da cidade chinesa.

Hoje (6), a China condenou a decisão da Casa Branca dizendo que a medida “mancha” a Lei de Segurança Nacional da cidade por motivos políticos.

“Os EUA têm leis prolíficas sobre segurança nacional, mas optam por difamar a Lei de Segurança Nacional de Hong Kong por motivação política. Isso é hipocrisia clara e demonstra dois pesos e duas medidas”, disse o governo de Hong Kong em comunicado.

O comunicado também ressaltou que “as ações mesquinhas dos Estados Unidos” não revelam nenhuma “preocupação” da Casa Branca por Hong Kong, “mas sim uma grave interferência em seus assuntos”.

Familiares de 12 ativistas de Hong Kong detidos enquanto eles supostamente navegavam para Taiwan para obter asilo político, dão uma entrevista coletiva para buscar ajuda em Hong Kong, China, em 12 de setembro de 2020
© REUTERS / TYRONE SIU Familiares de 12 ativistas de Hong Kong detidos enquanto eles supostamente navegavam para Taiwan para obter asilo político, dão uma entrevista coletiva para buscar ajuda em Hong Kong, China, em 12 de setembro de 2020

Em resposta aos protestos antigovernamentais em massa na cidade que duraram mais de seis meses em 2019, a China introduziu a polêmica Lei de Segurança Nacional de Hong Kong, que Pequim acreditava ser necessária para restaurar a ordem social na cidade.

No entanto, os defensores dos direitos humanos argumentam que a lei minou ainda mais a liberdade civil da cidade e levou à prisão de vários ativistas proeminentes em Hong Kong.

Após a introdução da nova lei, vários ativistas decidiram fugir da cidade para outros países, incluindo os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, por temor de um processo judicial.

Fonte: Sputnik Brasil