O número de mortes por covid-19 registradas no Brasil até esta segunda-feira (21) chegou 187.291, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Nas 24 horas desde domingo (20), foram notificados 527 novos óbitos. A média móvel de casos fatais – soma de todas as ocorrências dos últimos sete dias, dividida por sete – alcançou 779, pior resultado em mais de três meses.

Nesta segunda-feira (21), a média móvel de infectados se manteve acima de 48 mil pelo segundo dia consecutivo. O Brasil nunca tinha apresentado patamares tão altos. Em julho, no auge do pico de casos e mortes, o resultado chegou a superar 46 mil, o que era considerado recorde até agora. O total de contaminados registrados em um dia foi de 25.019. Mais de 7,2 milhões de pessoas já pegaram a covid em território nacional.

Na semana passada, o país registrou o número mais alto de contaminados para o período de sete dias desde os primeiros casos. Foram mais de 330 mil novos pacientes no intervalo, número superior até mesmo aos notificados no pico de julho e agosto. Segundo o Ministério da Saúde, no domingo (20) havia mais de 800 mil pacientes em observação, cenário que só foi registrado três vezes no Brasil até então.

OMS se pronuncia sobre nova cepa do vírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta segunda-feira que ainda não há indícios de que a nova cepa do coronavírus, identificada inicialmente no Reino Unido, seja mais letal. O diretor de emergências da instituição, Mike Ryan, explicou que mutações são naturais, reforçando uma postura de cautela sobre a descoberta.

“Temos que encontrar um equilíbrio. É muito importante ter transparência, é muito importante dizer ao público como é, mas também é importante deixar claro que isso é uma parte normal do desenvolvimento do vírus”,  disse ele. Ryan disse ainda que a descoberta indica que o rastreamento do vírus representa “desenvolvimento realmente positivo para a saúde pública global”.

Já a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, afirmou que a nova cepa responde aos tratamentos estabelecidos e as vacinas em pesquisa. “Até agora, embora tenhamos visto uma série de mudanças, uma série de mutações, nenhuma teve um impacto significativo na suscetibilidade do vírus a qualquer um dos tratamentos, medicamentos ou vacinas e se espera que continuará a ser assim”, afirmou a pesquisadora.

Saiba o que é o novo coronavírus

É uma vasta família de vírus que provocam enfermidades em humanos e também em animais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que tais vírus podem ocasionar, em humanos, infecções respiratórias como resfriados, entre eles a chamada “síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS)”.

Também pode provocar afetações mais graves, como é o caso da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS). A covid-19, descoberta pela ciência mais recentemente, entre o final de 2019 e o início de 2020, é provocada pelo que se convencionou chamar de “novo coronavírus”.

Como ajudar quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

 

Fonte: Brasil de Fato