Derek Chauvin, ex-policial do estado norte-americano de Minnesota, foi condenado a 22,5 anos de prisão após matar o afro-americano, George Floyd, em 25 de maio de 2020.

Um tribunal de Minnesota, condenou nesta sexta-feira (25) o ex-policial, Derek Chauvin, a 22,5 anos de prisão, mais de um ano após ele ter sido filmado pressionando o joelho contra o pescoço do afro-americano George Floyd, apesar do mesmo repetir frequentemente que não conseguia respirar.

O juiz Peter Cahill disse ao tribunal que Chauvin seria sentenciado a ficar aproximadamente 270 meses atrás das grades, uma sentença que equivale a cerca de 22,5 anos. Ele receberá crédito na sentença pelos 199 dias que já passou sob custódia.

“Esta [determinação] é baseada em seu abuso de uma posição de confiança e autoridade, e também de crueldade particular demonstrada a George Floyd”, declarou Cahill durante o processo, acrescentando que o condenado está proibido de possuir armas de fogo, munições ou explosivos “para o resto” de sua vida.

De acordo com as leis estaduais, Chauvin também deve se registrar como criminoso predatório.

O juiz manteve sua declaração breve, observando que liberará um memorando de 22 páginas que fornecerá uma explicação legal sobre sua decisão de condenação.

A decisão foi tomada horas depois de Cahill negar uma tentativa dos advogados de Chauvin de um novo julgamento, explicando em uma ordem de duas páginas que os advogados do ex-policial “não demonstraram” como o tribunal privou Chauvin de seu direito a um julgamento justo ou se envolveu em má conduta do Ministério Público, entre outras supostas infrações.

Em abril de 2021, Derek Chauvin já tinha sido sentenciado por um júri do condado de Hennepin, Minnesota.

O ex-policial enfrenta ainda acusações federais de violação dos direitos civis de Floyd. Em caso de condenação, a sentença federal será cumprida simultaneamente com a de Minnesota.

Os julgamentos de Tou Thao, J. Alexander Kueng e Thomas Lane, os outros três policiais no caso de Floyd, estão agendados para março de 2022. Cahill optou por adiar o julgamento dos oficiais até o ano seguinte, a fim de distanciar-se da publicidade em torno do julgamento de Chauvin.

Fonte: Sputnik Brasil