O Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês) confirmou publicamente que pressionou o Brasil contra a compra da vacina russa contra a COVID-19 Sputnik V.

Para isso, o órgão usou suas relações diplomáticas na região das Américas para reduzir as negociações das nações.

As agências do governo norte-americano, com o objetivo de fortalecer os laços diplomáticos, ofereceram assistência médica e humanitária para dissuadir outros países na região a aceitar a ajuda desses “Estados mal-intencionados”.

Usando o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, os EUA pressionaram o Brasil a rejeitar a vacina russa contra COVID-19, segundo relatório do HHS.

Vacina no Brasil

O Ministério da Saúde assinou nesta sexta-feira (12) um contrato para compra de dez milhões de doses da Sputnik V. A vacina ainda não possui aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial.

Anteriormente, o Consórcio Nordeste, que reúne os governadores da região brasileira, também anunciou um acordo para adquirir o imunizante russo, garantindo a compra de 39,6 milhões de doses da vacina, que tem eficácia comprovada de 91,6%.

Até o momento, o Brasil aplica doses de apenas duas vacinas, a CoronaVac, parceria do Instituto Butantan com a chinesa Sinovac, e a Covishield, parceria da Fiocruz com a AstraZeneca/Oxford.

O Brasil registrou novamente mais de 1.000 mortos pela COVID-19 em 24 horas, segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado neste domingo (14).

De acordo com a pasta, 1.127 pessoas morreram nesse período, fazendo total de óbitos pelo coronavírus no país chegar a 278.229, sendo o segundo país do mundo tanto em número de óbitos como de casos, sendo apenas superado pelos Estados Unidos.

O ministério contabilizou ainda 43.812 novos casos da COVID-19. Ao todo, o número de infectados é de 11.483.370.

Sputnik V

A Sputnik V foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya (Centro Gamaleya), na Rússia, com o apoio do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo).

A vacina foi aprovada na Rússia ainda em agosto de 2020, sendo a primeira a receber liberação de um órgão sanitário nacional. Em todo o mundo, ao menos 50 países já autorizaram o uso da vacina, a segunda mais aprovada por órgãos sanitários mundo afora.

O imunizante russo ainda não foi liberado para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

Fonte: Sputnik Brasil