Deputados federais petistas entraram com uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da República contra a “motociata” promovida por Jair Bolsonaro no último fim de semana em São Paulo.

No pedido, os deputados afirmam que Bolsonaro conduziu uma motocicleta coberta, cobrindo a placa do veículo, “o que é vedado pelo ordenamento pátrio, já que dificulta a verificação de eventuais adulterações”, argumentam.

O texto diz ainda que Bolsonaro utilizou um capacete do tipo “coquinho”, sem viseira e proteção maxilar, o que também é vedado por Lei.

“Note-se que tais condutas, vindas de um chefe de Estado, agrava ainda mais a situação, uma vez que encoraja demais cidadãos a incidirem em tal infração, sob influência do ora representado e com a sensação de impunidade, o que de fato ocorreu”, diz o texto.

Ministério Público abre inquérito

O promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) Arthur Pinto Filho instaurou inquérito civil, nesta segunda-feira (14/6), contra Jackson Vilar e demais organizadores e lideranças, que ainda precisam ser identificados, da ‘motociata’ denominada “Acelera para Cristo”, ato que reuniu 12 mil motociclistas em São Paulo no último sábado.

Segundo a portaria de instauração do inquérito, os organizadores do evento tinham se comprometido a garantir que todas as motos estariam emplacadas e que os participantes usariam máscaras — com exceção do presidente da República.

“É do conhecimento geral que o Chefe da Nação se manifesta, em todas as ocasiões que se lhe apresentam, de forma clara e direta, sem peias, por palavras e atos, contra as orientações emanadas das leis, decretos e orientações expressas por seu próprio Ministro da Saúde acerca das corretas formas não medicamentosas para o enfrentamento da pandemia”, destaca a portaria.

Nesse desrespeito, prossegue, ele é acompanhado por seus apoiadores. Quando está fora do país, no entanto, Bolsonaro usa máscara e segue as orientações científicas para reduzir as chances de contaminação.

Fonte: Brasil 247