O dólar tinha alta acentuada na manhã desta quarta-feira (18), tendo no radar o aumento do número de casos de coronavírus fora da China, que tem provocado forte aversão à risco no mercado, informa o site da revista Exame.

Com isso, logo nos primeiros negócios do dia, a moeda americana bateu a máxima recorde e permaneceu subindo. Às 9h30, o dólar comercial subia 3,6% e era vendido a 5,184 reais. Já o dólar turismo, usado por viajantes, se apreciava 3,5%, a 5,39 reais.

Segundo a Exame, o Banco Central volta a atuar nos mercados nesta quarta-feira, ofertando aos mercados leilões de linha com compromisso de recompra no valor de até 2 bilhões de dólares. A autarquia já havia realizado intervenção semelhante na terça-feira e na sexta da semana passada.

No ano, o real é uma das moedas que mais acumulam desvalorização frente ao dólar, superando o peso mexicano e o argentino. Desde o início de janeiro, o dólar já subiu 29% em relação ao real. Segundo Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, a moeda brasileira sofre mais por ter maior liquidez entre as divisas emergentes.

Na véspera, o dólar comercial à vista caiu 0,88%, a 5,0024 reais na venda.

Copom prevê novo corte de juros

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reunirá nesta quarta-feira (17) e, diante da crise provocada na economia pelo novo coronavírus, os analistas do mercado financeiro preveem que haverá um novo corte na taxa básica de juros.

A Selic está em 4,25% ao ano, o menor percentual desde 1999, quando entrou em vigor o regime de metas para a inflação.

Para a maioria dos analistas do mercado, a taxa deve cair 0,25 ponto percentual, chegando a 4% ao ano. Os analistas dos bancos preveem, contudo, uma diminuição ainda maior, de 0,5 ponto percentual, deixando a Selic em 3,75% ao ano. A decisão do BC será anunciada às 18h.

Com informações do G1 – Foto: Ilustração