Em entrevista ao programa Brasil Urgente, apresentado por José Luiz Datena, na Band, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (27) que “alguns vão morrer” pelo novo coronavírus, mas não se “pode parar uma fábrica de automóveis porque tem mortes no trânsito”.
“Alguns vão morrer, vão morrer, lamento, é a vida. Não pode parar uma fábrica de automóveis porque tem mortes no trânsito”,afirmou.
Ele voltou a dizer que a COVID-19, doença causada pelo coronavírus, era uma “gripezinha”. “Para 90% da população, isso vai ser uma gripezinha ou nada”, disse. “O número de óbitos abaixo dos 40 anos é insignificante”, complementou.
‘Não estou acreditando nesses números’
Bolsonaro colocou em xeque os números de mortos registrados pelo próprio governo em relação ao estado de São Paulo. O presidente vem criticando as medidas de restrição à circulação adotadas pelo governador de São Paulo, João Doria.
Os números de casos e mortes são contabilizados pelas Secretarias estaduais de Saúde, mas divulgados pelo Ministério da Saúde.
‘O remédio para a doença é o trabalho’
“O maior remédio para a doença é o trabalho. Quem pode trabalhar, tem que voltar a trabalhar”, acrescentou.
‘Não pode se esconder’
Bolsonaro disse ainda que permanecer em quarentena era se esconder. “Não pode se esconder, ficar de quarentena não sei quantos dias em casa e está tudo bem. Não é assim”, criticou.
Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta sexta-feira, o número de casos confirmados da COVID-19 no Brasil subiu para 3.417, com 92 mortes.