1937 – Acontece a primeira Micareta de Feira, “substituindo a micareme, que em francês quer dizer meia quaresma. Escolheu-se o nome micareta porque parecido com micareme e lembrando careta, coisa típica da festa (Folha do Norte)”. O nome micareta foi sugerido pelo professor e jornalista Antonio Garcia, em artigo publicado na Folha do Norte.

1945 – A micareta de rua deixa de ser realizada mais a Filarmônica 25 de Março publica nota na imprensa local, anunciando a realização de quatro grandes bailes, prometendo inclusive ligar ventiladores para maior conforto dos seus associados.

1946 – Os engraxates de Feira criam a batucada “Amante da Folia”, que ao longo da Rua Direita divide os aplausos do público com a batucada “Estrela do Oriente”, organizada pelos moradores do subúrbio do Ponto Central.

1947 – Além de Jeremias que desfila pelas ruas montado numa mula manca, a imprensa destaca o “Canto do Cancão” como “um dos mais interessantes blocos, que com uma turma selecionada e boa na fuzarca revolucionou a cidade”. A festa acontece de 12 a 15 de abril.

1949 – Nota assinada pelo secretário Ideval José Alves informa aos associados que a Micareta do Feira Tênis Clube “revestir-se-á do maior brilhantismo, em comemoração pelo 4º centenário de fundação da Cidade do Salvador”.

1950 – Adalberto Azevedo, Antonio Costa Pinto, Álvaro Barbosa de Carvalho, Ilo Brasileiro, Manoel Narciso, Amando Nobre, Carlos Sampaio e Edgard Erudilho Suzarte, este pela imprensa, formam na comissão para a escolha dos melhores da micareta.

1966 – Sonia Cerqueira, candidato do Feira Tênis Clube é eleita rainha da micareta, tendo como princesas Djanira Santos apoiada pelos bancários e Clube de Campo Cajueiro e Norma Galvão, candidata da Euterpe. A micareta acontece de 23 a 26 de abril.

1970 – Na última micareta dirigida por uma comissão organizadora, o tradicional préstito micaretesco, trás como novidade um carro alegórico homenageando o Fluminense pela conquista do titulo de campeão baiano do ano anterior. É aplaudido ao longo do roteiro

1971 – O prefeito Newton Falcão cria a Diretoria Extraordinária para cuidar do Turismo e nomeia como diretor o professor Arlindo Pitombo. O novo órgão, vinculado ao Gabinete do Prefeito, assume a micareta fazendo desaparecer a tradicional comissão organizadora.

1973 – Lei sancionada pelo prefeito José Falcão cria a Secretaria de Turismo Recreação e Cultura, tendo como primeiro titular o ex-vereador Itaracy Pedra Branca. A Setur realiza a micareta do centenário com a presença de grandes nomes do rádio, cinema e televisão.

1974 – O arquiteto Amélio Amorim, o artista Carlo Barbosa e o tapeceiro Charles Albert são os responsáveis pela decoração exibida no Feira Tênis Clube, Euterpe e Cajueiro respectivamente. Nas ruas os trios-elétricos, Dodô&Osmar e Caetanave agitam os foliões.

1975 – A micareta ganha duas novidades: O prefeito José Falcão institui concurso para escolher o Rei Momo, não mais importando Ferreirinha que reinava no carnaval de Salvador e o Clube e de Campo Cajueiro cria o “Caju de Ouro”, sua festa pré micaretesca.

1976 – Além de três ricos e luxuosos carros alegóricos criados pelos artistas André e Charles Albert a micareta realizada de 24 a 27 de abril, ganha mais colorido nas ruas com o surgimento do bloco “Nacional” com 300 foliões comandados por Edinho e Nogueira.

1977 – Convidada do prefeito Colbert Martins, a cantora Emilinha Borba preside o júri que escolhe a rainha da micareta. Como nos velhos tempos, a Rua Direita volta a ser palco dos desfiles, justificando a decoração denominada “Evocação à Micareme”

1979 – No salão nobre da prefeitura, Zadir Porto, Beth Martins, Charles Albert, Ozana Barreto, Carlos Marques Filho, Dival Pitombo e Paulo Norberto elegem rainha da micareta a jovem Suzete Galeão. A mãe, Hildete Galeão, é eleita rainha do Baile dos Artistas.

1981 – Por conta do feriado de sexta-feira, 1º de maio, realiza-se a mais longa micareta. Começa na quinta-feira, 30, com o XII Baile dos Artistas, que coroa como rainha a cantora Ednalva Santana. O baile é marcado por forte presença do “top less”.

1995 – Reunidos com a imprensa, o ten-cel. Joaquim Matos, do 1º BPM/FS; Mauro Morais, da 3ª Dirpin e Samuel Santana, da 3ª Ciretran, informam que 2.500 homens e uma centena de veículos vão garantir a segurança dos foliões e da população durante a micareta.

2000 – Depois de nascer na Rua Direita, crescer e avançar pelas praças da Bandeira e João Pedreira e pelas avenidas Senhor dos Passos e Getulio Vargas, a festa acontece ao longo da Avenida Presidente Dutra. Foi a última micareta do século XX.