Na tarde desta quarta-feira (10), a Frente Parlamentar Mista de Renda Básica fez um ato no Salão Verde da Câmara dos Deputados, em Brasília, pedindo a prorrogação do auxílio emergencial e a ampliação do Bolsa Família. Representantes de movimentos sociais também estiveram na manifestação.

“Mulheres negras estão indo no final da feira, pegar restos de alimentos para alimentar seus filhos. É uma contingência humanitária que esse governo prorrogue o auxílio por R$ 600 até a fim da pandemia. Que esse passo, seja o solo de construir uma política consistente de enfrentamento à pobreza”, afirmou Douglas Belchior, representante da Coalizão Negra por Direitos.

Durante o ato, a Frente divulgou um manifestou em que defende a expansão do auxílio emergencial.

“É dever do Estado, é dever do Legislativo e é dever da sociedade, como um todo, lutar para que essa realidade tão dura seja transformada”, diz o texto.

“Estamos cientes de que será um grande desafio e de que precisamos enfrentá-lo com responsabilidade social e fiscal, para garantir sua sustentabilidade ao longo das gerações. Mas também estamos cientes de que não será possível construir um país desenvolvido deixando uma geração inteira para trás”.

O deputado federal Alessando Vieira (Cidadania-SP), vice-presidente da Frente, também pediu a extensão do benefício. “Com o fim do auxílio emergencial, milhões de brasileiros estão sem ter o que comer e expostos a uma doença que já matou mais de 230 mil pessoas em nosso país”, afirmou.

“O número de pessoas que vivem na pobreza e extrema pobreza só aumenta, por isso não há nada mais urgente que a prorrogação do auxílio emergencial e a ampliação do Bolsa Família. Essa não é uma pauta a favor ou contra o governo. É uma pauta em favor dos brasileiros.”

No documento, que é assinado por parlamentares, prefeitos, governadores e representantes da sociedade civil, a Frente lembra que o país voltou a superar a marca diária de mil mortes por coronavírus e 50 mil infectados. Ainda de acordo com o texto, 27 milhões de brasileiros vivem com apenas R$ 246 por mês.

 

Fonte: Brasil de Fato