Decreto corta parte de benefícios e gratificações enquanto aulas não forem retomadas no município em razão da pandemia

De tanto ver trapalhadas em nível federal, o prefeito de Itaberaba, Ricardo Mascarenhas, parece que “bolsonarizou”.

Fez, diz que não fez, dá uma de João-sem-braço, mas não recua. Como o presidente da República, confunde todo mundo e demonstra falta de rumo.

Ninguém sabe ainda o que se passou pela cabeça do prefeito ao publicar decreto que reduz ganhos de professores e funcionários da educação.

Não se sabe por que ele mesmo ainda não veio a público dizer o motivo.

Num instante em que o governo federal afirma que vai investir R$ 800 bilhões nos próximos três meses para socorrer a economia nacional, não faz sentido a Prefeitura anunciar redução de ganhos de uma categoria que contribui fortemente para fazer circular o dinheiro em todas as atividades econômicas de Itaberaba.

Diante de tamanha repercussão negativa, o prefeito sentiu o golpe e mandou sua preposta, a secretária municipal de Educação, a chamar de fake news mensagens de protesto que começaram a virilizar nas redes sociais ainda no sábado, depois da publicação do decreto no Diário Oficial do Município.

A questão é: por que estaria o prefeito querendo economizar neste instante, quando todas as esferas dos governos federal e estadual estão gastando tudo o que podem para minimizar os efeitos da pandemia provocada pelo corona viurs, evitando ainda mais a destruição de empregos?

Se o objetivo for preparar o caixa municipal para alguma jogada eleitoreira mais à frente, a atitude do prefeito pode dar com burros n’água.

Porque o desgaste sofrido por ele já é bem maior agora, diante de sua insensibilidade num momento de exceção.

Se não há nenhuma jogada de segunda intenção, o prefeito e sua secretária deveriam parar de negar as evidências, admitir o erro e revogar o decreto, restabelecendo todos os vencimentos dos profissionais – que estão em casa, não por vontade própria, mas por recomendação das próprias autoridades sanitárias para evitar a propagação do vírus.

Nunca é tarde para se reconhecer a realidade, ainda mais quando a fake news parte dos próprios gabinetes oficiais.

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