Paris, 19 abr (Prensa Latina) 54 por cento dos franceses desconfiam da administração do governo frente à Covid-19, um receio que era ainda maior antes do discurso da segunda-feira do presidente Emmanuel Macron, revela hoje uma pesquisa.
Segundo a pesquisa semanal do Instituto Francês de Opinião Pública (IFOP) para Le Journal Du Dimanche, só 46 por cento dos 1.007 entrevistados entre 15 e 16 de abril manifestou confiança no trabalho do executivo, nove por cento de maneira absoluta e 37 sem tanto entusiasmo.

Apesar de que a expectativa favorável continue sendo minoritária, produziu-se nos últimos dias uma acentuação na mesma, depois do estudo publicado no domingo passado revelar pouco mais de 38 por cento, melhoria relacionada com a recente intervenção do chefe de Estado sobre a pandemia, seguida por um recorde na França de 36,7 milhões de telespectadores.

No entanto, a confiança no governo no referido ao combate contra o coronavirus SARS-CoV-2 continua bem afastada de 55 por cento reportados pelo IFOP em meados de março, depois da aparição de Macron na segunda-feira 16, quando decretou a quarentena geral e o fechamento das fronteiras.

Os executores da pesquisa enfatizaram a influência que tem um discurso em uma opinião pública tão sensível por estes tempos.

Nesse sentido, precisaram que o barômetro de popularidade de Macron mostrava antes de sua intervenção de 13 de abril 37 por cento de aceitação, a qual escalou depois da mesma até 47, o que em geral lhe dá 42 por cento de critérios positivos neste mês, um ponto por trás de março.

De acordo com a pesquisa semanal do IFOP para o Le Journal Du Dimanche, 52 por cento dos questionados disse confiar na administração governamental na ajuda às empresas afetadas pela Covid-19, um incremento de sete pontos em sete dias, ainda que longe dos 57 por cento de meados de março.

O efeito das presenças de altos dirigentes diante da opinião pública foi bem compreendido pelo governo, o que explica as frequentes visitas e as intervenções de Macron e do premiê, Edouard Philippe.

Philippe realizará esta tarde uma roda de imprensa acompanhado pelo ministro de Saúde, Olivier Véran, na que se esperam detalhes sobre o plano de desconfinamento progressivo a partir de 11 de maio, quando termina a quarentena.