Mais de meio milhão de cidadãos chineses assinaram uma carta conjunta à Organização Mundial da Saúde (OMS) apelando a uma investigação no laboratório do Exército dos EUA de Fort Detrick para “evitar” futuras epidemias, informa jornal chinês Global Times.

Em 2019, o Instituto de Pesquisa Médica de Doenças Infecciosas do Exército dos EUA (USAMRIID, na sigla em inglês) em Fort Detrick, foi fechado por curto período de tempo após uma inspeção do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

O laboratório disse que a razão para o encerramento de suas atividades foi devido a “problemas existentes na infraestrutura [relacionada] com descontaminação de águas residuais”. O jornal chinês expressou suas dúvidas sobre a explicação dada, dizendo que um estudo feito em junho pelo Programa de Pesquisa Todos Nós dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) sugeriu que a COVID-19 pode ter estado nos EUA em dezembro de 2019.

“No outono de 2019, pouco antes do surto da epidemia de COVID-19, houve um incidente de vazamento no laboratório, no entanto, informações detalhadas foram retidas pelos EUA sob pretextos de segurança nacional”, lê-se na carta redigida por residentes chineses e citada pelo jornal.

Pessoas andam com máscaras de proteção em Pequim, China, 4 de maio de 2021
© REUTERS / CARLOS GARCIA RAWLINS Pessoas andam com máscaras de proteção em Pequim, China, 4 de maio de 2021

A mídia observa que a China permitiu que virologistas ocidentais e representantes da mídia dos EUA visitassem o Instituto de Virologia de Wuhan, enquanto os EUA não seguiram o exemplo em Fort Detrick nem partilharam quaisquer dados com “países, incluindo a China, que são independentes da influência geopolítica dos EUA”.

Em janeiro deste ano, um grupo de especialistas internacionais viajou para Wuhan no âmbito de uma investigação sobre as origens da COVID-19. O grupo de cientistas concluiu que era altamente improvável que o vírus tivesse tido origem em um laboratório, sugerindo que teria passado de animais selvagens para humanos.

Fonte: Sputnik Brasil