A chance de cura do câncer de colo de útero pode ser superior a 90%, em caso de diagnóstico precoce. Já no tardio, cai para menos de 60%. E foi com o propósito de conscientizar o público feminino sobre a doença, que é a terceira mais frequente e letal em mulheres, que nasceu o Março Lilás.

A médica oncologista Hyrlana Leal explica que o câncer colo de útero é a evolução da infecção por HPV e se desenvolve lentamente, podendo não apresentar sintomas de imediato, o que aumenta a importância de realização dos exames.

“Infelizmente, cerca de 70% dos casos são diagnosticados em estágios mais avançados, mas é possível o diagnóstico precoce das lesões precursoras do câncer, através dos exames de rastreamento, como o preventivo ginecológico, que é o Papanicolau”, exemplifica. E acrescenta que também é possível identificar a doença através da colposcopia, do exame vidro ginecológico, além de outros complementares.

À medida que o câncer se desenvolve, informa a médica, podem surgir sintomas como: sangramento vaginal anormal, dor ou sangramento durante a as relações sexuais, corrimento vaginal e queixas urinais e intestinais. “É muito importante que ao identificar sinais, seja procurada a assistência médica para o diagnóstico o quanto antes, porque isso se reflete nas chances de cura”, alerta.

Caso o câncer de colo de útero seja confirmado, o tratamento é feito de acordo com o estágio em que se encontra. A oncologista diz que pode ser baseado em cirurgia, para os estágios mais precoces, mas há também radioterapia, quimioterapia e braquiterapia.

Prevenção 

Hyrlana Leal lembra que a doença pode ser prevenida através da vacina contra o HPV, disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para meninas entre 9 e 14 anos, e meninos entre 11 e 14 anos. O imunizante também é disponibilizado para mulheres com alguma imunossupressão com até 45 anos.