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A primeira-ministra britânica, Theresa May, venceu a votação de uma moção de desconfiança no Parlamento nesta quinta-feira (16). Em caso de derrota, o Reino Unido realizaria eleições gerais para escolher um novo premiê.

A votação foi convocada pelo oposicionista Jeremy Corbyn depois que o mesmo Parlamento rejeitou o acordo costurado por May com a União Europeia estabelecendo os termos da saída do Reino Unido da União Europeia.

May venceu a moção de desconfiança com 325 votos, contra 306 que pediram sua saída. Uma diferença de 19 votos, portanto.

Em dezembro ela já havia vencido outra moção de desconfiança, desta vez convocada pelo Partido Conservador — sua própria agremiação.

May sobreviveu à votação com o apoio do Partido Conservador e seu aliado da Irlanda do Norte, o Partido Democrático Unionista. Muitos conservadores pró-Brexit que votaram contra o acordo de May a apoiaram na moção de desconfiaçã para evitar uma eleição que poderia levar um governo trabalhista de esquerda ao poder.

“Eu estou pronto para trabalhar com qualquer membro desta Casa para entregar o Brexit e garantir que esta Casa mantenha a confiança do povo britânico”, afirmou May após a votação.

Mesmo com a vitória, a premiê britânica terá dificuldades. Ela precisa de um novo acordo com o bloco europeu para garantir que o Reino Unido não deixe a União Europeia sem nenhum tipo de acerto.

O prazo para o “divórcio” é 29 de maio. Bruxelas, contudo, resiste em negociar um novo acordo.