Os moradores do bairro Novo Horizonte em Feira de Santana realizaram uma manifestação, na manhã desta segunda-feira (6), fechando o trecho da BR-116 Norte, que fica próximo ao bairro para pedir a implantação de um retorno no local.

 

 

Segundo eles, as obras de duplicação da via retiraram o acesso principal ao bairro e atualmente eles precisam retornar já na entrada do distrito de Maria Quitéria para chegarem ao Novo Horizonte.

 

José Dermeval, presidente da Associação do bairro, relatou ao Acorda Cidade que a retirada do retorno deixou o local totalmente esquecido. Há dificuldade de transporte, de acesso do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e até da polícia.

 

 

“Estamos tendo dificuldades com Samu, com polícia, com veículos de aplicativo que não querem vir mais por causa do retorno. A população está querendo uma solução das autoridades. Que venham nos dar uma solução. Estamos fechando a pista hoje e vamos fechar de novo. Estamos aqui para defender o interesse da comunidade do bairro, quando é tempo de eleição vem vários políticos buscar voto e agora não vem nenhum”, afirmou.

 

 

Representando os moradores do bairro Novo Horizonte, Nelson do Rosário contou que a comunidade aprova a obra de duplicação da BR-116 Norte, mas reclama da falta de retorno em frente ao local. De acordo com ele, com o retorno somente na entrada do distrito de Maria Quitéria, a distância aumenta cerca de 8 quilômetros. Além disso, com o aumento da gasolina, a situação fica ainda mais difícil.

 

 

A comunidade se levantou para bloquear a pista para pedir socorro as autoridades porque o Consórcio Nordeste que está fazendo a duplicação. A gente agradece o governo por isso, mas em contrapartida tínhamos um retorno no mapa para ser feito na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e há duas semanas ficamos sabendo que não será mais feito. Hoje estamos parando para pedir as autoridades que façam o que está no mapa que entregaram para a gente. Ficamos sabendo pelos trabalhadores da empresa que não fará mais o retorno. Dizem que não vão fazer o retorno porque precisavam de um espaço de 4 metros da Uefs e me parece que não conseguiram. Queremos conversar com as autoridades e buscar um meio para intermediar se a Uefs libera esse espaço para a empresa fazer o retorno.

 

 

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Texto: Rachel Pinto