Atualmente, especialistas russos estão no país latino-americano onde mantêm vários tipos de equipamentos militares que antes eram enviados à Venezuela por Moscou, observou o diplomata.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que Moscou vai continuar ajudando a Venezuela a aumentar sua capacidade de defesa.

“Os militares venezuelanos foram abastecidos com sistemas russos de produtos militares, aí trabalham os nossos especialistas que, de acordo com o contrato, realizam regularmente as medidas necessárias para manter este equipamento”, disse Lavrov após encontro com o seu homólogo venezuelano Jorge Arreaza.

Jorge Arreaza, ministro venezuelano das Relações Exteriores, em reunião com representantes do diálogo nacional venezuelano
© SPUTNIK / SERVIÇO DE IMPRENSA DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA RÚSSIA Visita de chanceler russo Sergei Lavrov à Venezuela

“E sim, continuamos as negociações sobre o fornecimento de novos lotes de um ou outro tipo de arma de acordo com os desejos que nossos amigos venezuelanos nos transmitem com base em sua avaliação das necessidades de suas Forças Armadas e de segurança”, acrescentou Lavrov .

O ministro russo também criticou as sanções impostas a Caracas como “ilegítimas”, observando que Moscou continuará sua cooperação com a capital venezuelana para o benefício de ambos os lados.

Em Moscou, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, participa de uma coletiva de imprensa, em 26 de abril de 2021
© SPUTNIK / MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA RÚSSIA Em Moscou, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, participa de uma coletiva de imprensa, em 26 de abril de 2021

Os dois países assinaram no início deste ano 12 documentos de cooperação bilateral nas esferas financeira, energética e militar, bem como nas áreas de saúde e alimentação, sendo que Caracas também recebeu diversos lotes da vacina russa contra a COVID-19, a Sputnik V.

Os venezuelanos vêm sofrendo várias rodadas de sanções impostas pelos EUA e seus aliados desde 2019, já que Washington se recusou a reconhecer os resultados das eleições no país e apoiou o político da oposição Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país. Desde então, uma parte considerável dos ativos da Venezuela foi congelada e as empresas venezuelanas têm sido alvo de restrições econômicas.

Fonte: Sputnik Brasil