Festival começa na quinta-feira (29) e vai até domingo (02), ocupando mais de 40 espaços da capital baiana, com uma programação inteiramente gratuita

Mais de 180 atividades. Mais de 40 espaços públicos e privados, equipamentos culturais e do conhecimento ocupados. E muita arte! A Virada Sustentável Salvador 2018 aposta numa programação para toda a família, com um convite para vivenciar Salvador.

Durante o Festival, três espaços culturais estarão com visitação aberta ao público: a Casa do Carnaval, no Pelourinho, o Espaço Carybé das Artes, no Forte São Diogo (Barra) e o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana, no Forte de Santa Maria (Barra). O Santa Maria, inclusive, irá servir de “tela” para projeções mapeadas de fotografias do Zumvi Arquivo Fotográfico, que reúne o maior “arquivo-memória” da América Latina, com mais de 30 mil fotos que ilustram, contam, revitalizam e preservam a memória da população negra da Bahia. A programação, na quinta-feira (29), das 19h às 21h, inclui a exibição do curta-metragem “Náufraga”, de Juh Almeida, vencedor da Competitiva Baiana como Melhor Curta pelo Júri Oficial do XIV Panorama Internacional Coisa de Cinema.

E a fachada do Forte volta à cena na sexta-feira (30), com projeções de fotografias de Caroline Lima (“SIGNOS”), soteropolitana radicada em São Paulo, e lambes de @SuperAfro (“Afroneon”). Os dois trabalhos também estarão expostos na entrada do Santa Maria até o domingo, e os lambes ainda irão ilustrar muros da Cidade Alta à Cidade Baixa, com a colagem de sete artes, homenageando personalidades como a escritora Beatriz Nascimento, Marielle Franco e Mestre Moa do Katendê.

Já na Ladeira da Preguiça, lambes com fotos-poemas do fotógrafo Antonelo Veneri e do poeta Marcelo Teles convidam o público a refletir sobre gentrificação e racismo. Das ruas para as galerias, a exposição fotográfica multissensorial “Meje Ewe – Alecrim”, da artista visual Catarine Brum, ocupa a Casa de Angola com visitação das 9h às 17h.

E, claro, não podiam faltar shows. Na sexta, das 19h às 22h30, no Largo Quincas Berro D’Água, uma batalha de MCs, com artistas baianos e de Alagoas e Sergipe, com direito a show de Underismo e DJ Nai Sena – a primeira DJ de Batalha de MCs do Brasil – no Qualify do 3° Round. Detalhe: os finalistas da “batalha de rimas” se qualificam para o Duelo de MCs Nacional, em Belo Horizonte; a maior manifestação de Hip Hop do país.

Já no fim de semana, as apresentações musicais ocupam o Anfiteatro Dorival Caymmi, no Parque da Cidade. O cantor e compositor Pedro Pondé abre a programação no sábado (1º), às 11h, apresentando as canções do EP “Licença” e releituras de clássicos da MPB, como “Tigresa” (Caetano Veloso), “Carcará” (João do Vale e José Cândido), “Geni e o Zepelin” (Chico Buarque) e “Ocê i eu” (Gonzaguinha). Na sequência, às 13h30, quem sobe ao palco é Zuhri, coletivo baiano que mistura rap com jazz. O encerramento, às 15h30, fica por conta da paulista Tássia Reis, com o show da #OutraEsferaTour e algumas canções do próximo disco, em fase de produção, como o single “Shonda”.

No domingo (02), a banda ilheense OQuadro apresenta as canções do disco “Nêgo Roque”, misturando rap, rock, zouk, soul e eletrônica com a musicalidade baiana e da Jamaica. Em seguida, a baiana Larissa Luz retorna a Salvador com o último show da turnê “Território Conquistado”, misturando performances de dança com poesia e imagens em projeção. O encerramento fica por conta de ÀTTØØXXÁ, convidando o público a “meter dança” ao som das batidas de #BLVCKBVNG e LUVBOX. O Parque ainda recebe apresentações itinerantes da Toco Y Me Voy, a partir das 14h.

E como a ideia é ocupar a rua, a programação da Virada ainda conta com um mutirão de grafite, no domingo, das 9h às 18h, na Comunidade do Solar do Unhão, com o coletivo Nova 10Ordem. Além da pintura de um dos arcos do MAM (com o tema “Vida na Água”), a programação terá oficina de grafite, apresentação de samba de roda e um almoço com moqueca preparada na hora.

“É uma programação que reflete a diversidade cultural e artística de Salvador e sua gente. E o nosso papel é, justamente, mobilizar e articular as diversas instâncias da cidade para promover o acesso irrestrito à cultura, a conteúdos e ao conhecimento”, destacou a condutora do Salvador Meu Amor e gestora da Virada Sustentável Salvador 2018, Alice Barreto.

O Festival foi criado em 2011, em São Paulo. De lá pra cá, reuniu um público de mais de 7 milhões de pessoas e percorreu as cidades do Rio de Janeiro, Manaus e Porto Alegre, entre outras, além de Salvador, em 2016. A edição deste ano, na capital baiana, fecha o calendário das Viradas em 2018. “Vamos fechar com chave de ouro! É sempre muito legal realizar a Virada aqui em Salvador, porque é uma terra especialmente energizada”, afirmou a coordenadora nacional da Virada Sustentável, Vivian Schaeffer.

Promovido pelo Instituto Virada Sustentável, com patrocínio da Braskem, via Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, e realização do Movimento Salvador Meu Amor, a Virada Sustentável Salvador 2018 tem o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ministério do Meio Ambiente e Prefeitura Municipal de Salvador; com o copatrocínio de Liberty Seguros e o apoio da Booking.

Programação completa e mais informações: viradasustentavel.org.br | @viradasustentavel.salvador