Reconhecida por ter desenvolvido o primeiro absorvente biodegradável do Brasil, a startup Ecociclo, comandada por quatro mulheres periféricas, avança no mercado empreendedor e lança, no próximo dia 07, um marketplace voltado para empreendedoras da periferia que comercializam produtos sustentáveis. A iniciativa acontece em parceria com o Salvador Resiliente, programa da Prefeitura de Salvador que tem o objetivo contribuir para a retomada econômica da capital baiana.

“Acreditamos que sustentabilidade também é cuidar das pessoas e no decorrer do nosso trabalho com o absorvente, formamos centenas de mulheres em assuntos como empreendedorismo, jurídico, sustentabilidade e acabamos construindo uma rede. A partir disso, muitas pessoas passaram a nos procurar, inclusive querendo consumir outros produtos sustentáveis e, como não oferecíamos, indicávamos outras mulheres da periferia, fazendo essa conexão. Esse foi o ponto de partida para onde estamos agora, com a proposta de automatizar esse processo através do e-commerce, continuar levando conhecimento, tudo com o objetivo maior de tornar Salvador uma cidade sustentável de referência para o mundo”, explica Hellen Nzinga, CoFounder da EcoCiclo

Na plataforma de marketplace as mulheres vão poder vender seus produtos com a infraestrutura e segurança de um shopping online, terão acesso às mentorias sobre empreendedorismo, vendas, marketing e logística, gratuitamente, além de poder contar com a inteligência de mercado para seu negócio, utilizando o recurso de Business Intelligence (BI), ou seja,  com base nos dados colhidos na comercialização de produto ou serviço na plataforma, a empreendedora recebe orientações especializadas para otimização da sua loja virtual.  O intuito é utilizar as informações em estratégias para aumentar os resultados, reduzir custos e encontrar oportunidades de negócios.

Na estreia, quatro empresas já estarão com seu produtos disponíveis para o público: Óleos da Mi, que comercializa óleos e manteigas vegetais; Costura Solidária Sustentável, formada por um grupo de mulheres negras costureiras que produzem peças como bolsas e aventais; Acolhe, que oferece cosméticos naturais e a OiFlor, que vende produtos feito à mão e da terra, como vasos e bacias para plantas.

As mulheres interessadas em integrar a plataforma farão um pré-cadastro que será destinado para avaliação e, em caso de aprovação, será chamada para um processo seletivo. “Para fazer parte desse projeto, é preciso haver conexão com aquilo que acreditamos. Então, não é uma plataforma onde a pessoa se cadastra e entra. Há algumas etapas a serem cumpridas, sobretudo porque o nosso intuito é fazer com que esses negócios prosperem e com qualidade”, finaliza Patrícia Zanella, cofundadora da startup.