“Pelo direito à vacina para todos os brasileiros e brasileiras”, o Partido dos Trabalhadores (PT) lançou nesta segunda-feira (3) um manifesto em defesa da vacina Sputnik V.

Em nota, o partido lamentou a marca de 400 mil mortes ocasionadas pela COVID-19 e reivindicou a compra da vacina Sputnik V, produzida na Rússia.

“Cabe a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] analisar, com a máxima presteza e sem qualquer pressão política e ideológica do governo, considerando exclusivamente os interesses do povo brasileiro, os dados para a importação em caráter excepcional da vacina Sputnik V, considerando as mesmas exigências efetuadas para outras vacinas, previstas nas leis 13.979/2020 e 14.124/2021”, diz o documento.

As leis citadas determinam que, uma vez aprovada por uma das onze agências reguladoras listadas na referida lei, cabe ao órgão sanitário brasileiro autorizar a importação excepcional das vacinas.

A declaração pede celeridade na imunização em massa e afirma que “o governo Bolsonaro faz de tudo para dificultar a aquisição de vacinas”. O texto relembra as negociações de compra do imunizante da Pfizer, da CoronaVac e do consórcio COVAX Facility.

A nota reivindica a compra da vacina Sputnik V, a qual não foi liberada pela Anvisa para uso emergencial no país. “Sua atuação [governo Bolsonaro] em relação à vacina Sputnik V é um retrato do descaso com a vida dos brasileiros. A posição do presidente Bolsonaro, do Ministério da Saúde e do Ministério das Relações Exteriores é de total inação em relação à vacina Sputnik V”, diz o documento.

Para o PT, a Anvisa deve avaliar a importação e o uso excepcional da Sputnik V, garantindo 66 milhões de doses encomendadas pelos governadores através do Consorcio Nordeste e algumas prefeituras.

“É essencial garantir à Anvisa as condições para que busquem todas as informações sobre a Sputnik V. O estabelecimento de uma força-tarefa, entre os Ministérios da Saúde e de Relações Exteriores do Brasil e da Rússia, e a participação ativa da Câmara dos Deputados e do Senado na mediação dessa querela, torna-se fundamental para permitir que o Brasil tenha acesso e direito a mais vacinas”, conclui o comunicado.

Profissional da saúde segura frasco da vacina russa Sputnik V contra a COVID-19 em Moscou, na Rússia.
© REUTERS / SHAMIL ZHUMATOV Profissional da saúde segura frasco da vacina russa Sputnik V contra a COVID-19 em Moscou, na Rússia.

Fonte: Sputnik Brasil