AMÉRICAS

Sputnik – O Peru oficializou nesta quinta-feira (22) um segundo pedido de extradição aos Estados Unidos contra o ex-presidente Alejandro Toledo, pelo suposto crime de lavagem de dinheiro dentro do caso Odebrecht.

“O pedido de extradição ativa do cidadão peruano Alejandro Toledo Manrique é concedido para que ele seja extraditado dos Estados Unidos da América para ser processado na República do Peru pelo suposto cometimento do crime de lavagem de dinheiro agravado, em detrimento do Estado peruano”, diz a resolução publicada no diário oficial El Peruano.

Toledo, que vive nos EUA desde 2017, tem um primeiro pedido de extradição ativo por supostamente receber propinas da empreiteira brasileira Odebrecht, à qual ele teria favorecido com a concessão de licitação para a execução da obra da Rodovia Interoceânica Sul, trechos 2 e 3. De acordo com a denúncia, Toledo teria cometido esses crimes quando ocupava o cargo máximo do país.

O Conselho de Ministros aprova pedido de extradição de Alejandro Toledo e Eliane Karp. Trata-se de uma segunda solicitação, que, nesta oportunidade, tem a ver com o caso Ecoteva, detalhou o ministro da Justiça Eduardo Vega.

Já a segunda solicitação do Peru refere-se ao Caso Ecoteva, que envolve a criação na Costa Rica da empresa Ecoteva Consulting Group, em 2012.

O Ministério Público do Peru sustenta que essa empresa foi usada para lavar o dinheiro que a Odebrecht entregou a Toledo e à sua esposa, Eliane Karp, em troca da licitação da mesma obra citada no primeiro pedido.

Segundo os testemunhos feitos em 2019 pelo empresário israelense Josef Maiman, que era muito próximo do ex-chefe de Estado durante o seu mandato, a ex-primeira-dama teria recebido cerca de US$ 34 milhões da Odebrecht.

A Ecoteva, por sua vez, era propriedade de Maiman, que atuava como testa de ferro de Toledo.

Atualmente, o ex-presidente peruano se encontra no estado de Califórnia sob liberdade condicional, à espera de que a Justiça dos EUA resolva o primeiro pedido de extradição.