Vitor Fernandes

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza o 30º Encontro Estadual, desta quarta-feira (10) até o domingo (14), no Centro de Treinamento da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), com uma série de debates, análises e eleição e posse da nova direção nacional. A abertura do encontro, na quarta, vai envolver o economista e líder do MST, João Pedro Stédile, além do atual secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE), Jaques Wagner, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e o deputado federal e membro do movimento no estado, Valmir Assunção (PT-BA). Os petistas participam de uma análise de conjuntura nacional e internacional e de ato em defesa do ex-presidente Lula.

“Estamos dando sequência à luta contra o golpe parlamentar instalado no país e pelo direito do ex-presidente Lula ser candidato à presidência. Uma coisa já temos certeza, eleição sem Lula é outro golpe, não vamos aceitar isso”, frisa Valmir. O encontro estadual do MST vai reunir lideranças políticas e militantes de diferentes regiões da Bahia para debates como o da Reforma Agrária Popular, LGBT, capitalismo e agricultura, disputa da hegemonia na sociedade e comunicação, além de assembleias de juventude, noite cultural e a eleição e posse da nova direção nacional do MST. A eleição acontece no último dia do encontro, no domingo (14), e terá a mediação do deputado Valmir Assunção. “Será mais um momento para que todas as brigadas da Bahia conheçam seus novos dirigentes no estado”, completa o parlamentar petista.

Esse encontro do MST na capital baiana também terá atividades sobre o centro de treinamento da SDR, como acontece na quinta-feira (11) com a participação da militância na Lavagem do Bonfim. De acordo com dados, os dirigentes Evanildo Costa e Elizabeth Rocha vão conduzir os sem-terra para as ruas da cidade baixa a partir da concentração no Largo da Conceição da Praia. “É uma tradição, os movimentos sociais e sindicais participarem das celebrações ao Senhor do Bonfim, e este ano não poderia ser diferente. Ainda mais que estamos em um ano eleitoral e precisamos ratificar nossa posição e defender a democracia. Vamos lutar para termos Lula como nosso candidato, e o povo voltar a ter seus direitos reconhecidos”, salienta o dirigente nacional do MST, Evanildo Costa.