São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte tiveram panelaços em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro na noite desta terça-feira (17). A mobilização acontece um dia antes de uma manifestação desse tipo convocada nas redes sociais para a noite desta quarta-feira (18).

Em São Paulo, os panelaços, com gritos de “fora Bolsonaro”, ocorreram em bairros como Consolação, Santa Cecília, Higienópolis e Bela Vista, na região central, e Pompeia e Jardins, na zona oeste.

Em Perdizes, também na zona oeste, houve manifestações de apoiadores em resposta, como “viva Ustra”, referência ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, oficial da ditadura militar a quem o presidente  costuma elogiar.

No Rio de Janeiro, houve manifestações no Jardim Botãnico e em Copacabana, na zona sul, e, em Brasília, na Asa Norte.

Os panelaços em janelas de apartamentos se tornaram um dos símbolos de protesto contra a então presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment em 2016.

Nesta terça-feira, foi protocolado na Câmara o primeiro pedido de afastamento de Bolsonaro na Presidência por ter convocado atos contra o Congresso e o Judiciário no último fim de semana.

Na segunda (16), a ex-aliada Janaina Paschoal, deputada estadual em São Paulo pelo PSL, pediu em discurso que o presidente deixe o cargo.

Em meio à crise do coronavírus, o presidente vem tendo um posicionamento de relativizar a dimensão da pandemia, embora o próprio governo já tenha solicitado o reconhecimento de calamidade pública no país.

Governadores nos estados, como Wilson Witzel (PSC), no Rio, anunciaram medidas drásticas para reduzir a circulação de pessoas, como impedir a circulação de ônibus intermunicipais.

Antes do agravamento da pandemia, a UNE, centrais sindicais e grupos de esquerda haviam marcado um protesto contra o governo para o dia 18, mas a mobilização foi suspensa por causa do risco de disseminação da doença.

Por Folhapress – Foto:  Agencia Brasil