O presidente da Associação Brasileira de Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz Pereira, anunciou a saída da entidade da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) causando racha entre ruralistas. Pereira creditou a saída dos sojicultores da Abag à “voz e poder” que ONGs ambientais teriam na associação do agronegócio.

“A Abag estava denegrindo os produtores de soja”, afirmou Braz, usando termo racista, segundo o jornal Valor Econômico. “Queremos mostrar o que acontece de verdade no campo”.

Em nota assinada por seu presidente, Marcello Brito, a Abag lamentou a decisão da Aprosoja Brasil. “Nossa credibilidade, ação pela sustentabilidade, legalidade e atuação apolítica do Agro nacional no Brasil e no exterior é histórica e dispensa comentários”.

A justificativa do presidente da Aprosoja está afinada com o discurso de Bolsonaro, que responsabiliza, sem provas, índios e ONGs pelas queimadas no Brasil. “Índios queimam em busca de sobrevivência”, disse ele, no último dia 22, em pronunciamento virtual durante a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

 

Fonte: Brasil 247