BRASIL

Neste domingo (7), manifestações antirracistas e contra o presidente brasileiro Jair Bolsonaro foram às ruas de São Paulo e Rio de Janeiro.

As manifestações ocorreram nas regiões centrais das duas capitais protestando contra o governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro e também carregando a bandeira “Vidas Negras Importam”, em protesto contra o racismo, lema que tem sido levado às ruas de diversas cidades do mundo após o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos.

Em São Paulo, dois atos se unem no Largo da Batata após decisão judicial

Em São Paulo, as manifestações Vidas Negras Importam e Mais Democracia ocorreram na região do bairro de Pinheiros, no Largo da Batata, a partir da manhã deste domingo (7).

Em São Paulo, manifestantes protestam contra o governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, em 7 de junho de 2020.
© REUTERS / AMANDA PEROBELLI
Em São Paulo, manifestantes protestam contra o governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, em 7 de junho de 2020.

As manifestações estavam inicialmente marcadas para acontecer na Avenida Paulista, porém uma decisão judicial publicada na sexta-feira (5) obrigou as organizações a mudar o local de realização dos atos. O objetivo da decisão era evitar confrontos entre grupos políticos.

Na Largo da Batata, em São Paulo, manifestantes realizam protesto a favor de democracia, contra o presidente brasileiro Jair Bolsonaro e contra o racismo.
© FOLHAPRESS / ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA
Na Largo da Batata, em São Paulo, manifestantes realizam protesto a favor de democracia, contra o presidente brasileiro Jair Bolsonaro e contra o racismo.

No domingo (31), houve manifestações de grupos políticos antagônicos na região na Avenida Paulista, a favor e contra Bolsonaro, o que gerou provocações e enfrentamento entre manifestantes e a polícia.

A manifestação deste domingo (7) segue pacífica e reuniu milhares de pessoas de organizações diversas, mantendo as bandeiras da manifestação da semana anterior e que foram vistas também em outras capitais, como Brasília. As organizações pediram aos manifestantes que usassem máscaras, álcool gel e mantivessem distanciamento social.

No São Paulo, protesto antifascista contra o governo do presidente Jair Bolsonaro, na região de Pinheiros, no Largo da Batata, em 7 de junho de 2020.
© FOLHAPRESS / GUILHERME GANDOLFI/FUTURA PRESS
No São Paulo, protesto antifascista contra o governo do presidente Jair Bolsonaro, na região de Pinheiros, no Largo da Batata, em 7 de junho de 2020.

Rio de Janeiro: violência policial e combate à pandemia nas favelas

No Rio de Janeiro, a manifestação teve início às 14h00 com reunião no monumento a Zumbi dos Palmares e caminhou pela Avenida Rio Branco de forma pacífica até a região histórica da Candelária. Ao longo da manifestação, os organizadores distribuíram máscaras, álcool gel e observaram a manutenção do distanciamento social devido à pandemia.

© FOLHAPRESS / SAULO ANGELO/FUTURA PRESS
Manifestação contra o racismo e contra o presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, em 7 de junho de 2020.

A manifestação organizada por membros do grupo “Favelas em Luta” pediu por democratização do auxílio emergencial de R$ 600,00 do governo federal e reuniu cerca de cinco mil pessoas.

No Rio de Janeiro, manifestantes protestam contra a violência policial nas favelas e contra o racismo, em 7 de junho de 2020.
© REUTERS / RICARDO MORAES
No Rio de Janeiro, manifestantes protestam contra a violência policial nas favelas e contra o racismo, em 7 de junho de 2020.

Além disso, os manifestantes reivindicam o aumento do número de testagens da COVID-19 nas favelas e subúrbios fluminenses e a criação de uma fila única de leitos de UTI e enfermagem.

No Rio de Janeiro, manifestação contra a violência policial nas favelas e o racismo, em 7 de junho de 2020.
© REUTERS / RICARDO MORAES
No Rio de Janeiro, manifestação contra a violência policial nas favelas e o racismo, em 7 de junho de 2020.

O protesto pede que seja cumprida a decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu operações policiais nas favelas do Rio em meio à pandemia. Os manifestante também querem a criação de um gabinete de monitoramento do cumprimento da liminar.

Segundo os dados do Instituto de Segurança Pública, o estado do Rio de Janeiro teve um dos números mais altos de sua história de mortes em operações policiais ao longo do mês de abril, mesmo com a quarentena decretada pelo governo estadual.