A Rússia denuncia as tentativas de alguns países e forças de atrapalhar as eleições na Venezuela e lembra que Guaidó é um “projeto fracassado”.

Durante uma coletiva de imprensa, a porta-voz do Itamaraty, María Zajárova, condenou nesta quinta-feira “os apelos para não reconhecer e boicotar as próximas eleições na Venezuela”.

Quem está tentando minar o legítimo processo eleitoral está interessado em preservar a instabilidade e o fracassado ‘Projeto Guaidó’”, destacou a porta-voz russa, aludindo ao líder da oposição Juan Guaidó, a quem os EUA e seus Os aliados o reconhecem como “presidente interino” do país bolivariano.

O povo venezuelano, segundo Zajárova, “está cansado de provocações políticas e tentativas de golpe” e “defende fortemente a solução da crise por meio do processo eleitoral constitucional”.

Segundo o diplomata, Moscou espera que as eleições representem uma forma mais eficiente e democrática de resolver as contradições existentes na Venezuela e que a Assembleia Legislativa se transforme em uma plataforma para um diálogo construtivo sobre o futuro deste país.

Zajárova também declarou que a Rússia enviará seus observadores às eleições parlamentares venezuelanas e exorta os países realmente interessados ​​em resolver a situação no país caribenho a não impedir o exercício do direito dos venezuelanos de eleger seus representantes e determinar de forma independente os caminhos de seu desenvolvimento.

A Venezuela está pronta para realizar as eleições parlamentares de domingo, às quais Guaidó  pediu a abstenção  e preferiu não comparecer, portanto, presume-se que perderá seu assento e a presidência da Assembleia Nacional (AN).

Em contrapartida, Guaidó está promovendo uma consulta popular entre os detratores do Governo de Nicolás Maduro, com a qual pretende obter legitimidade internacional como o autoproclamado “presidente em exercício”.

Apesar dos esforços dos Estados Unidos para derrubar o governo chavista – incursões, sanções, tentativas de golpe – Maduro continua no poder, graças ao apoio da maioria dos venezuelanos e de países como Irã, Rússia e Cuba. , além de ter o reconhecimento das Nações Unidas.

 

Fonte: HISPANTV