*Por Zé de Jesus Barreto

 

Ué, tem aqueles que já sentiram o morão entrando. Lá neles.

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Taí !  O cabra topa um cargo de confiança, toca o barco e um dia percebe que já não confia e nem é confiado pelo seu “chefe”. Pede seu boné e vai embora, deixando claros os motivos. O chefe dá sua explicação e … segue a vida.

Não é assim ? Normal, faz parte do jogo. O resto é xibiatagem.

O amanhã dirá quem mais perdeu no lance. Moral e politicamente.

A meta agora é o combate à pandemia. Salvar vidas humanas.

Té mais.

 

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O demissionário, frio e calculista. Fala mansa, cheio de fui num vou, jogando casca de banana pro ‘chefe’ se esborrachar.  O outro, sem chão, emocional, ofendido, cheio de mágoas, derrapando no linguajar, abacaxi na mão.

Pareceu dramalhão de um desenlace amoroso, roupa suja lavada ao tempo, vento levando ‘dignidades’ ao lixão de Brasília.

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O problema seria tão somente a Polícia Federal?  Ou o pepino é federal?

 

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Logo, os moralistas, os futurólogos e os ativistas de plantão entraram em ebulição, um furdunço nas redes. Haja fake, tome-lhe bestagens ao léu.
Como diria Silvio, o Mendes : – Segure a cabeça de mamãe! Cê conhece Neco?

Eu cá , setentando, nem choro nem rio, só espio.

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Vilge ! Com tem gente dedicada tão somente a lamber ou cuspir “poderosos”. Afffe!

Apois, lhes digo: – A vida é tão mais interessante !

 

 

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“O leitor de jornais admite uma chusma de opiniões desencontradas, assevera isto, assevera aquilo, atrapalha-se e não sabe pra que banda vai…
– Eles escrevem assim porque receberam ordens para escrever assim. Depois escreverão de outra forma. É tapeação , é safadeza.

Um crime, uma ação boa, dá tudo no mesmo. Afinal, já nem sabemos o que é bom é o que é ruim, tão embotados vivemos”.

 

( trechos de ‘Angústia ‘, de Graciliano Ramos).

 

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O bom disso tudo é que a quarentena (minha setentena) torna-se animada, surpreendente, pra quem gosta de notícia.

Cada dia, um flash !

Preparemo-nos, não acabou ainda. Nóis guenta.

 

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Zedejesusbarreto – jornalista por sentença, escrevinhador por sobrevivência.

Domingo, 26 de abril, de chuvas, sustos e corongas.