O mais recente escândalo de espionagem e roubo de dados foi revelado em investigações feitas pela ONG Forbidden Stories e pelo grupo de direitos humanos Anistia Internacional.

O ex-administrador de sistemas da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos EUA, Edward Snowden, afirmou que as revelações que o grupo NSO, através do software Pegasus, espionou milhares de jornalistas, ativistas, empresários e políticos em todo o mundo é “a história do ano”.

De acordo com uma investigação que envolveu 17 meios de comunicação dos EUA, Reino Unido, França, Alemanha e outros países, o software Pegasus, um malware legal vendido a governos para ser utilizado para investigação de grupos terroristas e crime organizado, foi usado para invadir smartphones que pertenciam a ativistas de direitos humanos e advogados, jornalistas e até dois mulheres que eram próximas do jornalista Jamal Khashoggi, assassinado no consulado saudita em Istambul em outubro de 2018.

Segundo o jornal The Guardian, no Azerbaijão, vários ativistas aparecem nos dados. Na Índia, consta o nome de Rahul Gandhi, o principal adversário político do primeiro-ministro Narendra Modi.

Enquanto isso, o grupo NSO já descartou as informações veiculadas pelas mídias como “teorias não corroboradas”, ao mesmo tempo em que lançou dúvidas sobre a confiabilidade das fontes da investigação.

Brasil e Pegasus

Em maio, uma reportagem do portal UOL afirmou que o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), teria participado de negociações para que a NSO Group participasse de uma licitação do Ministério da Justiça para compra do sistema.

​Segundo a mídia, a iniciativa de Carlos Bolsonaro teria gerado insatisfação em militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Agência Nacional de Inteligência (Abin). Na ocasião, o vereador carioca negou que tivesse articulado qualquer negociação.

Fonte: Sputnik Brasil