*Por Clarindo Silva

O mês de dezembro, apesar da pandemia, vem recheado de grandes acontecimentos e festividades, que por certo movimentarão a nossa querida cidade do Salvador. No dia 2, se comemora em alto estilo o dia do samba, dia de Santa Bibiana, padroeira dos sambistas. Tive a oportunidade de participar de grandes noites do samba, mas o que mais me marcou foi o ano de 1986, quando um grupo de iluminados queria fazer lá no Iguatemi e de pronto levantei minha voz, me mobilizei e conseguimos fazer aqui no Pelourinho mais do que uma noite do samba, com mais de 50 atrações, entre elas Riachão, Batatinha, Ederaldo Gentil, Edil Pacheco, Cida Passos, Claudete Macedo, Tuninha Luna, Walmir Lima, Guiga de Ogum e o que mais me marcou foi a presença de Edson Conceição, já estando muito doente, com muitas dores, e era quase meia-noite quando ele dentro da grandeza e simplicidade que o caracterizava, levou a platéia ao delírio, quando cantou “Não deixa o samba morrer, não deixa o samba acabar…”, seguido de Riachão, com “Xô Chuá”, “Cada macaco no seu galho”, entre outros tantos já citados e não citados. E aí vem o dia 3 de dezembro, dia de uma importância extraordinária, pois há 35 anos o nosso Centro Histórico era tombado pela Unesco como Patrimônio da humanidade. Nessa quarta-feira, 2 de dezembro, o Projeto Cultural Cantina da Lua estará apresentando o show Samba Riachão, em homenagem ao dia do samba. A partir das 12 horas, o cantor Ninja estará interpretando sambas de Riachão, Ederaldo Gentil, Batatinha, Nelson Rufino, Alcione, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Noel Rosa, Guiga de Ogum, Walmir Lima, Paulinho Timor, Paulinho Camafeu e outros grandes nomes da música popular brasileira. Na oportunidade, o agitador cultural Clarindo Silva fará um breve histórico da importância do samba para a cultura brasileira. Couver R$ 5,00 por pessoa. Viva o Pelô! Pelô o vivo!

*Clarindo Silva
Escritor, poeta, jornalista, empreendedor