O chanceler venezuelano qualificou de “ilegais” as desqualificações de Evo Morales e Rafael Correa, ex-presidentes da Bolívia e do Equador, respectivamente.

No mesmo dia, duas poderosas opções políticas e sociais foram processadas: Rafael Correa e Evo Morales, foram desqualificados ilegalmente”, escreveu o chanceler venezuelano Jorge Arreaza em sua conta no Twitter na segunda-feira.

O chefe da Diplomacia venezuelana também destacou que “as oligarquias temem muito” estes dois ex-presidentes.

Além disso, garantiu que “nada pode impedir as próximas vitórias populares na Bolívia e no Equador”.

A Segunda Câmara Constitucional do Tribunal de Justiça Departamental de La Paz, na Bolívia, ratificou a desqualificação da candidatura do ex-presidente boliviano a candidato ao Senado pelo Movimento pelo Socialismo (MAS) nas eleições gerais marcadas para 18 de outubro, justificando que o líder indígena não reside mais no país andino.  

Depois que Morales foi para o exílio na Argentina em dezembro de 2019, o governo  de fato da  autoproclamada presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, preocupada com as atividades do presidente deposto, emitiu um mandado de prisão contra ele  se ele pisar em território nacional. Além disso, o Ministério Público do governo interino  acusou formalmente Morales de um suposto crime de terrorismo  e solicitou sua prisão preventiva.

Quanto a Correa (2007-2017), um tribunal do Tribunal Nacional de Justiça (CNJ) do Equador rejeitou nesta segunda-feira o recurso apresentado pelo ex-presidente para anular uma sentença proferida contra ele de oito anos de prisão e iguais de desqualificação política por um delito de suborno.

Desta forma, o ex-chefe de Estado equatoriano não poderá se candidatar às eleições presidenciais de 7 de fevereiro de 2021, nas quais aspirava a ser candidato a vice-presidente.

Nesse sentido, o advogado de Correa, Fausto Jarrín Terán, denunciou a decisão da Justiça equatoriana, destacando que a medida adotada  é fruto de um processo forjado.

 

HISPANTV