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Este ano que acabamos de iniciar nos traz muitos desafios e algumas inquietações. As intensas alterações tecnológicas globais e o início de um novo governo no Brasil certamente implicarão em muitas mudanças. Tenha você apoiado a nova equipe que comandará o País pelos próximos quatro anos, ou mesmo lutado arduamente contra a sua eleição, temos que concordar que os próximos anos não serão rotineiros.

Surge então, de imediato, uma dúvida inquietante: como devo estruturar meu planejamento estratégico para este ano? Quais as variáveis que impactarão na competitividade da minha empresa, do órgão público em que estou lotado, ou da ONG para a qual trabalho?

Se as mudanças forem mesmo profundas, e tudo indica que serão, podemos concluir que as premissas que havíamos utilizado para planejar este ano precisam ser repensadas, pois elas não serão válidas num novo cenário que passa por alterações profundas e disruptivas.

Neste novo contexto, internacionalizar as suas atividades pode ser uma estratégia inovadora para um cenário de grandes mudanças.

Muitos de nós temos amigos, colegas ou mesmo parentes que decidiram no ano de 2018 sair do Brasil, alguns de forma mais estruturada, outros sem muito planejamento.

Quando pensamos em nos internacionalizar, algumas possibilidades surgem de imediato: o que seria melhor, mudar para o exterior, exportar produtos, atrair recursos externos ou mesmo abrir uma filial em outro país? Qual a melhor opção?

Cada uma das alternativas disponíveis traz riscos e possibilidades, e se apresenta como uma importante alternativa a ser analisada.

Pensem bem, quais são as possibilidades para sua internacionalização?

Você pode exportar seus produtos para outros países, diversificando o mercado consumidor da sua empresa, necessitando para isto aumentar a competitividade e a produtividade das suas atividades.

Através da importação, por sua vez, é possível terceirizar partes da produção da empesa, acessar produtos e serviços com tecnologia diferenciada não disponível localmente, ou mesmo comprar produtos exclusivos e mais baratos para revender no Brasil.

Ou você poderia optar pela internacionalização por meio da cooperação internacional, iniciativa que desenvolve ações coordenadas para a solução de problemas para os quais não existam recursos suficientes ou capacidade técnica individual para solucioná-los, razão pela qual a cooperação pode ser de caráter técnico ou financeiro.

Assim, é possível desenvolver ações tanto para captar recursos junto a entes estrangeiros para projetos locais, quanto conseguir auxílio técnico para os mesmos.

Você teria ainda a possibilidade de executar ações de marketing internacional, o que lhe daria uma ampla gama de possibilidades de atuação no exterior, através da promoção de negócios em feiras internacionais, participação em missões internacionais ou realização de feiras locais para atrair parceiros de outros países.

Em um cenário tão competitivo e disruptivo como o que se anuncia para 2019, acessar recursos internacionais de baixo custo, ou na condição de capital de risco, seria uma alternativa fantástica para fortalecer suas atividades e promover a inovação nas suas atividades produtivas.

Trabalhe também com a possibilidade de captar recursos junto a investidores privados, como os fundos de venture capital, seed capital ou investidores anjo, assim como de interagir com bancos de investimentos ou com fundos soberanos, que podem até aportar recursos que não precisarão ser devolvidos.

Pense, por fim, o quão prazeroso será você chegar em 2020 e, ao fazer uma retrospectiva das suas atividades profissionais, assinalar que 2019 foi o ano da sua internacionalização. Sim, você pode e deve se internacionalizar! Só que precisa fazer isto de uma forma planejada e estruturada. Defina metas, estabeleça objetivos de curto, médio e longo prazos e acesse parceiros estratégicos. Conversando com quem entende você poderá ir mais longe e com mais segurança na sua internacionalização.

Por Leonel Leal Neto e Lara Frois*

*Leonel Leal Neto – Mestre em Gestão do Desenvolvimento e Cooperação Internacional, professor do curso de Relações Internacionais da Unijorge e Diretor Geral do CEERI – Centro de Estudos e Estratégias em Relações Internacionais.

*Lara Frois – Bacharel em Relações Internacionais pela Unijorge e Analista de Relações Internacionais do CEERI – Centro de Estudos e Estratégias em Relações Internacionais.