Por Redação – Foto Ricardo Stuckert / PR
O governo reintegrou nesta quarta-feira (8) ao acervo da Presidência da República obras de artes vandalizadas pelos extremistas o atos antidemocráticos de 08 de janeiro de 2023. Ao todo, foram entregues 21 itens.
Entre as obras recuperadas estão um relógio de pêndulo do século 17,uma ânfora (vaso) italiana em cerâmica esmaltada e o quadro “As Multas”, do pintor Di Cavalcanti.
Os itens estavam no Palácio do Planalto quando foram danificados após a invasão do prédio. O restauro do relógio foi feito graças um acordo de cooperação com o governo da Suíça.
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A peça, considerada um um raro, foi presente da corte francesa a Dom João VI, quando chegou com a família real para o Brasil em 1808. A empresa suíça de relojoaria Audemars Piguet, criada em 1875, fez o trabalho e arcou com custos de mão de obra e de materiais. A peça ficava no terceiro andar do Palácio do Planalto.
Quadro de Di Cavalcanti
O quadro “As Mulatas” é a principal peça de arte do Salão Nobre do Palácio do Planalto. O quadro sofreu sete perfurações de tamanhos distintos durante os atos golpistas. Esse é o trabalho mais célebre de Di Cavalcanti e está avaliado em cerca de R$ 8 milhões. No entanto, uma peça dessa magnitude pode alcançar valores até cinco vezes maiores, se colocadas em leilões.
O quadro voltou para o mesmo local em que estava há dois anos, no terceiro andar do Planalto, no hall que fica próximo ao gabinete do presidente.
A ânfora italiana em cerâmica esmaltada, foi uma das obras que precisou passar por intervenções mais profundas, pois acabou rompida em 180 pedaços após os atos de vandalismo.
Foi colada peça por peça, como explica a a professora Andrea Bachettini, que coordenou o processo de restauro: “imitamos a pintura como a original e precisamos fazer um molde para alças do vaso, que tinha partes faltando. Catalogamos os 180 fragmentos e todos os farelos, mesmo os que não tivemos como usar. Está tudo guardado e catalogado”.
A escultura “Galhos e Sombras”, de Frans Krajcberg, sofreu graves danos durante atos de vandalismo. A obra, avaliada em R$ 300 mil e instalada na parede do terceiro andar do Palácio do Planalto, teve diversos pontos quebrados e partes de seus galhos espalhadas.
Na cerimônia desta quarta-feira, foi feito o descerramento do quadro restaurado.
O evento faz parte da programação promovida pelo Palácio do Planalto para lembrar os dois anos do dia dos atos golpistas.