Caracas condenou a “política fracassada e reincidente dos Estados Unidos” contra a Venezuela, que “afeta de maneira criminosa a soberania do país”.
Félix Plasencia, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, repudiou na quarta-feira (5) a decisão dos EUA de reconhecer o ex-deputado Juan Guaidó como presidente interino do país sul-americano.
“O governo da República Bolivariana da Venezuela rechaça mais uma vez a intenção intervencionista dos Estados Unidos de reconhecerem supostas autoridades, em clara violação da lei internacional, da Constituição [venezuelana] e da ordem democrática estabelecida no país por vontade soberana do povo venezuelano”, indica o comunicado oficial.
A chancelaria da Venezuela diz que o Departamento de Estado dos EUA procura legitimar o funcionamento de um “grupo criminoso transnacional” que quer roubar os recursos do país.

“Este novo esforço faz parte de uma política fracassada e reincidente dos Estados Unidos, que afeta de maneira criminosa a soberania do país e procura pôr em risco a sua paz e estabilidade”, afirma, condenando a administração do presidente norte-americano Joe Biden por continuar uma “perseguição econômica e diplomática”.

Caracas também considerou contraditório o apelo ao diálogo de Washington sobre a questão, devido a isso acontecer pouco depois de extraditar e julgar Alex Saab, empresário colombiano credenciado como diplomata da Venezuela.
Os EUA reconheceram como legítimo na terça-feira (4) um suposto governo interino venezuelano chefiado por Guaidó, e instaram Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, a retomar o diálogo político no México, que está suspenso desde outubro de 2021.
Fonte: Sputnik Brasil