INQUIETUDES ASFIXIANTES
Zédejesusbarreto (um escrevinhador sem destino)
Não cultuo verdades
Nem tenho convicções
Fraseio perplexidades
Semeio inquietações
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Totalitários arrebanham e controlam
E as manadas seguem – vacas, carneiros…
Mééé ! Muuu !
Obedientes aos comandos :
– Creiam nele! Sigam por alí ! Façam assim!
Usem isso!, digam aquilo !
Os arrebanhados repetem, repetem, repetem …
Desaprenderam de pensar com suas cabeças.
E os autoritários, déspotas, instigam conflitos:
– Lá e cá , nós x eles, P & B…
E haja patrulhamentos, inquisições, condenações
Os poderosos, mitificados, santificados só usufruem.
Eles se esbaldando, no comando, insaciáveis
Os comandados de viseiras, na bagaceira.
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Ah, desencantos!
Perdi de vez a esperança neste país.
Tornamo-nos uma nação doentia: – Ignorante, corrupta, policialesca.
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Engravatados e togados, desavergonhados, negociam em Brasília :
– Me ajude que eu te ajeito !
Fazem política.
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Quer saber?
Essas redes/Internet tornaram-se uma máquina de derrubar e triturar pessoas e princípios.
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Anda tudo tão estranho !
Há de crer e duvidar de um tudo.
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É como se os céus estivessem rachando
sob os nossos pés … descalços.
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Só pra lembrar:
Escola é prioridade ! De qualidade e para todos.
Ensinar significa abrir portas e janelas do conhecimento
Educar é orientar, mostrar, questionar … jamais doutrinar.
Estimular o pensamento, não impregnar ideologismos.
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Ah, pandemias !
Inventam protocolos. Sobram empulhações.
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Esqueçam os mortos
Que eles não levantam mais
(Dylan)
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(agosto 2020, ainda na pandemia do coronga)