os psicanalistas de plantão e os observadores políticos onipresentes devem estar se sentindo no sétimo céu observando os movimentos da maré eleitoral dos estados unidos da américa do norte. lá, como aqui, possíveis derrotados buscam desqualificar a possível vitória do seu opositor. de todas as maneiras.

lá, pelo menos, existem leis, uma democracia até certo ponto consolidada e que vem sendo atacada justamente pelo primeiro mandatário que não parece muito satisfeito com a ideia cada vez mais clara de que poderá perder a boquinha conquistada há quatro anos quando sucedeu barack obama.

aqui, embora não tenham a mesma importância global da de lá, as eleições municipais surfam as ondas de sua própria insignificância mundial atoladas nos seu próprio modus operandi de sempre: abuso de poder, manipulação de sentenças e decisões judiciais, pesquisas sem base científica e de credibilidade nula etc e tal.

em brasilha, ilhado no seu seio familiar, o nosso presidente promove até – imagino eu – rodadas de oração pela re-unção de trump à cadeira mais alta do salão oval da white house.

lá, trump esperneia que nem criança em busca das tetas maternas no início do desmame.

aqui, o plantel do clã familiar que rege o país, põe os olhos famintos para cima com expressão de súplica.

como cãezinhos rodeando a mesa de jantar.