Convocados pela Federação Nacional de Sindicatos da Produção Agrícola e pela organização Jovens Agricultores, os trabalhadores da agremiação iniciaram ontem as ações que se manterão por, pelo menos, três dias, e poderão se estender durante toda a semana.

Os agricultores protestam contra decisões governamentais, como autorizar à empresa do setor energético Total a importar óleo de palma procedente da Ásia para explorar uma biorrefinaria, o que consideram uma concorrência desleal para a indústria francesa do biodiesel. Outra decisão questionada é o acordo entre a União Europeia e o Mercosul que permitirá a importação de carne de países da América do Sul, também catalogado como uma ameaça para a produção nacional, que está sujeita a normas e controles bem mais rigorosos.

De acordo com os agricultores, estas medidas mostram a ‘incoerência do governo’, que incita a agremiação a melhorar seu desempenho ao mesmo tempo em que aprova acordos comerciais internacionais que provocam uma distorção da concorrência.

O ministro de Agricultura, Stéphane Travert, declarou nesta segunda-feira que a ocupação das refinarias e depósitos é ilegal, e descartou que isso vá provocar uma escassez de combustível no país.

Além disso, negou a possibilidade de reverter a autorização à Total para importar óleo de palma, embora tenha aceitado receber amanhã os representantes da federação.