O vice-primeiro-ministro da Armênia, Mger Grigoryan, afirmou hoje (6) que o Azerbaijão está se transformando em uma via de acesso para os terroristas ao espaço da Comunidade de Estados Independentes (CEI).

Em uma videoconferência do Conselho de Chefes de Governo da CEI, o vice-primeiro ministro afirmou que “continua a agressão do Azerbaijão contra Nagorno-Karabakh, com apoio militar e político direto da Turquia, atraindo terroristas de Síria e Líbia”.

“Diante dos olhos de todo o mundo, o Azerbaijão se transforma em um canal de entrada para terroristas e suas ideologias no espaço da CEI”, disse o dirigente armênio, citado no site do Gabinete de Ministros da Armênia.

Segundo Grigoryan, as tropas azeris lançam ataques contra todas as localidades de Nagorno-Karabakh, entre elas a capital e a cidade de Shusha, a segunda mais importante da região, destruindo a infraestrutura civil, instituições de saúde, escolas, creches e monumentos culturais e religiosos.

“Sobre a consciência dos dirigentes do Azerbaijão pesam crimes de guerra que constituem uma grande violação do direito internacional, incluído o humanitário”, assinalou o vice-ministro armênio.

Grigoryan também afirmou que, apesar dos pedidos dos copresidentes do Grupo de Minsk, dos dirigentes de muitos Estados e de representantes das organizações internacionais, “o Azerbaijão violou em diversas ocasiões e segue violando os acordos sobre o cessar-fogo”.

“O Azerbaijão deveria compreender que não existe solução militar do problema de Nagorno-Karabakh e que a CEI não é um espaço onde é possível difundir mentiras e falsificações”, disse o vice-primeiro ministro armênio.

Nagorno-Karabakh é foco de conflito entre Armênia e Azerbaijão desde que o território, cuja população é majoritariamente armênia, decidiu se separar em 1988 da antiga República Socialista Soviética de Azerbaijão.

Baku perdeu o controle de Nagorno-Karabakh e sete distritos adjacentes após o conflito que terminou em 1994 e busca recuperar sua integridade territorial, enquanto Erevan defende os interesses da autoproclamada república de Nagorno-Karabakh.

 

Fonte: Sputnik Brasil