Após o papo com o artista plástico baiano Marcos Costa, o Spray Cabuloso, alunos do Colégio Cândido Portinari foram convidados a se expressarem através do grafite. 

Cerca de 120 alunos com idade entre 14 e 16 anos, do 9º ano do ensino fundamental do Colégio Cândido Portinari, participaram, este mês, de um bate-papo com o artista plástico baiano Marcos Costa, o @SprayCabuloso. A convite da professora de Artes, Nilzete Silva, o grafiteiro, premiado nacionalmente, falou sobre sua trajetória, apresentou um tour virtual do seu ateliê, localizado no Pelourinho e também destacou a importância cultural e social que a arte grafite traz para a cidade.

De acordo com a professora Nilzete, os encontros on-line tiveram o objetivo de chamar a atenção para este tipo de arte e a diversidade cultural que há na cidade de Salvador. “Na nossa cidade, o grafite está bastante presente nas ruas, muros e asfalto. Portanto, mostrar que essa linguagem existe e está presente no lugar que eles vivem também foi um dos intuitos.”, ressalta.

Como resultado, os alunos foram convidados a se expressarem com o grafite e apresentaram trabalhos que expressam intervenções de arte urbana. “Os estudantes tiveram total liberdade artística para desenvolver seus projetos. Eles puderam produzir o desenho a partir de uma mesa digitalizadora, lápis, caneta ou programa de edição de imagem. Não tivemos restrições quanto a isso, desde que o resultado final se aproxime da linguagem do grafite.”, explica Nilzete Silva.

No Colégio Cândido Portinari, outras iniciativas relacionadas à Arte Urbana já foram realizadas com o próprio Spray Cabuloso e com o também baiano Denissena. Em uma dessas oportunidades, em 2019, os alunos usaram as técnicas do grafite e transformaram uma carcaça de geladeira em uma biblioteca ambulante. Para Marcos Costa, encontros como este, mesmo que on-line, são importantes para o processo de formação dos estudantes. Foi na escola que ele conheceu e se apaixonou pelo conceito de arte urbana. “Meu aprendizado começou dentro do espaço educacional. A partir do olhar de quem vivia, vi que era possível levar uma mensagem de esperança por meio da arte. Por isso, para mim, é muito gratificante poder fazer o mesmo hoje. Não se trata apenas de tinta no muro, e sim de artistas que fazem o movimento acontecer.”, destaca.