Enquanto os EUA suspendem a isenção de vistos para 38 países e o número de brasileiros barrados em aeroportos europeus – principalmente os espanhóis – aumenta em quase 10% – foram 923 apenas no primeiro trimestre – ainda há sujeitos que, no primeiro escalão do governo, defendem a isenção unilateral de vistos para países ditos “desenvolvidos”, como se tivéssemos que assumir, na “nova ordem” mundial, a condição de cidadãos de segunda classe.
O “trade” turístico que nos desculpe, mas o
diabo está nos “detalhes”.
O excitatório frenesi dos vira-latas – que, junto ao entreguismo mais abjeto, não consegue se refrear neste governo – precisa entender que, nas relações internacionais, o limite para o pragmatismo e o déficit de dignidade é o critério de reciprocidade.
Não se deve assegurar ao outro o que ele faz questão – de forma aberta e oficial – de negar-nos.
Especialmente quando somos a quinta maior nação do mundo em território e população e, por mais que a contrainformação fascista e midiática faça questão de ignorar, com mais de 250 bilhões de dólares emprestados, o quarto maior credor individual externo dos EUA, por exemplo.
Uma condição que se deve, justamente, à atuação de governos que estão sendo goebbelslianamente acusados de terem assaltado e quebrado o país.
Como diriam nossos antepassados, quem muito se abaixa acaba mostrando as nádegas.
No Brasil de hoje, parece que no trato com os gringos, estamos agindo como se estivéssemos quase sempre, despudoradamente, em permanente consulta proctológica.