O Memorial das Baianas de Acarajé fica ao lado do Monumento Cruz Caída, no Centro Histórico

Memorial das Baianas de Acarajé, gerido pela Abam, necessita de requalificação

Texto e fotos: Morgana Montalvão

Há nove anos à frente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivos e Similares (Abam), Rita Maria Ventura dos Santos (63 anos) é uma carioca que adotou a cidade de  Salvador como casa.

Presidente Nacional da Abam, a quituteira tenta, há algum tempo  ‘passar o bastão’ para outra baiana ou baiano de acarajé, no entanto, ninguém se habilita. “ Do dia 1º ao dia 30 de março deste ano, foi divulgado um edital aberto para que os interessados montem as chapas, pois abril são nossas nossas eleições. Ninguém vem. Eu corro atrás e eles dizem não estar interessados, pois a associação não dá dinheiro. A gente vive precariamente”, desabafa  a baiana de acarajé, que entrou na Abam como voluntária,  em 2001.

A Abam tem como sede o Memorial das Baianas de Acarajé, localizado ao lado do Monumento Cruz Caída, na Praça da Sé. Inaugurado em junho de 2009 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) , o Memorial das Baianas de Acarajé é um espaço cultural destinado a contar a tradição, a história e os valores do saber e fazer o acarajé. O espaço cultural mostra imagens e trabalhos das quituteiras, como os fios-de-contas, pano-da-costa e a roupa de baiana.

A riqueza em história e simbolismo para a cultura afro brasileira e baiana não são suficientes para a manutenção do espaço. As contas da associação não fecham. Há uma taxa que as quituteiras pagam todo  mês, porém, este recurso não é o suficiente.
“Elas deveriam pagar uma taxa de R$ 12 reais por mês. É um valor irrisório e mesmo assim, parte delas só paga quando precisam de alguma necessidade, como uma declaração de rendimento. A grande maioria não tem o hábito de quitar as suas obrigações para a Abam suprir as suas despesas. É difícil ficar à frente de uma associação assim”, complementa.

As baianas de outros estados do Brasil contribuem com mais assiduidade com o pagamento da taxa de R$ 12 reais do que as baianas soteropolitanas.

“Para ser sincera as baianas daqui não têm consciência da ideia de coletivo, de associativismo. É necessário que elas tomem noção disto. A associação trabalha em prol da categoria, de conquistas de direitos e benefícios para todas nós”, complementa Rita.

Ela afirma não haver nenhuma verba  ou incentivo do governo municipal, estadual ou federal para a associação ou para o memorial desenvolver suas atividades.

“As contas são pagas com muita dificuldade. A gente paga a Taxa de Fiscalização de Funcionamento (TFF) parcelado, são três parcelas de duzentos e poucos reais. Eu tive que pedir com muito custo para diminuir a taxa, porque antes, era mais de mil reais que a Abam pagava. Não há uma ajuda para a manutenção do nosso espaço. Por causa do vandalismo, já roubaram peças do nosso ar-condicionado e fios da nossa linha telefônica diversas vezes e é muito caro repor tudo isso no lugar. Recentemente vi que alguns dos estandes está com cupim. Se eu não arranjar dinheiro para o conserto, eu não sei como vamos fazer”, diz ela, que teme fechar o espaço por causa dos insetos .

O memorial recebe a visita de turistas e escolas para pesquisa

Noélia Pires (60 anos) é baiana de receptivo e filha de baiana de acarajé – “minha mãe foi baiana durante 50 anos. Ela é da época de quebrar o feijão fradinho na pedra”, e, afirma que às vezes, tem de pedir a colaboração de visitantes para pegar o transporte.

“Eu peço ao poder público que olhe para a gente, porque a gente representa toda uma história. Tem vezes que peço a um ou a outro R$ 2,00 para dar o dinheiro para pegar o transporte e voltar para a minha casa, porque a associação não tem para dar. Nosso memorial está ao léu. Há cupins em vários estandes de exposição. Há um ano a gente trocou eles com muita dificuldade e já está assim. É complicado”, complementa.

SECULT diz colaborar ‘dentro dos limites’ –  Cláudio Tinoco, titular da Secretaria de Cultura e Turismo (SECULT) de Salvador, diz que a pasta presta apoio à associação e ao memorial dentro dos limites e atribuições do órgão.

“Não é verdade que o município não faz nada pela baianas. A pasta sabe da importância do espaço e reconhece a importância das baianas de acarajé. Todo material promocional sobre o turismo de Salvador, há a preocupação  de ser divulgada a figura da baiana de acarajé. Foi a secretaria que registrou junto ao Ministério do Turismo, através do Siconv (Convênio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) o pedido para a requalificação do memorial.  Fomos nós que dialogamos com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP) para a permanência delas nas praias. Para liberar verba para a gestão de equipamentos culturais tem de haver um orçamento público para isso, e, infelizmente, o Memorial das Baianas não está incluído. O que se pode fazer  é discutir o modelo de gestão do equipamento junto ao IPHAN . Estamos disponíveis para dialogar com a associação”, disse o secretário.

Em uma nota enviada por e-mail, a assessoria de imprensa do Ministério do Turismo confirma o registro da proposta.  A nota diz que “o projeto encontra-se cadastrado no Siconv e está na fila para ser analisado, no entanto, não há previsão de quando a análise será feita”.

IPAC instituiu o ofício das baianas como Patrimônio Imaterial –  O Instituto do Patrimônio  Artístico  e Cultural da Bahia (IPAC) instituiu através do Decreto nº 14.191, o Ofício das Baianas de Acarajé como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia.  Sobre a queixa de que o Memorial das Baianas não recebe incentivo do Governo do Estado, o IPAC, em uma nota enviada por e-mail,  ratifica que  “o Ofício das Baianas de Acarajé é um dos mais significativos para a cultura da Bahia. No ano de  2013, o IPAC patrocinou a publicação dos ‘Anais do III Encontro Nacional das Baianas de Acarajé – A Baiana Tem Dendê’ e está  na fase final para a publicação do Caderno nº10  sobre o Ofício, com artigos de especialistas no tema. O IPAC participa do Conselho Gestor do Ofício das Baianas de Acarajé e o que se busca é a auto sustentabilidade dos bens patrimonializados”.

Cadastro de baianas licenciadas em Salvador é risível – Segundo Rita, há 5.000 mil baianas de acarajé cadastradas de todo o país, em Salvador, ela crê existir aproximadamente 3. 500 baianas.

“Nós tentamos com a SEMOP, na gestão de Rosemma Maluf, cadastrar as baianas da cidade, mas o projeto não foi adiante”, diz.
Ela reclama que a atual gestão da pasta não tem demonstrado o interesse de continuar o cadastramento.  “Eles alegam que a secretaria não tem tempo para e nem verba para o cadastro. Fazem um pouco de desdém”.

A lista da secretaria com o número de baianas licenciadas na cidade está defasada e desatualizada. “A secretaria diz que Salvador em torno de 680 baianas licenciadas. Chega a ser uma piada isto. A quantidade é muito superior que eles alegam ter. Eu fui lá ver e constatei que algumas baianas na lista já morreram, algumas nem vendem mais acarajé e há outras que jamais renovaram a licença”.

A reportagem do Leiamais.ba procurou  saber a posição do secretário Marcos Passos sobre quantidade de baianas cadastradas em Salvador e licenças expedidas, mas, a  assessoria de comunicação enviou um e-mail limitando-se a informar que atualmente em Salvador existem ‘somente’  694 baianas licenciadas.

O quitute mais famoso da Bahia sem dúvidas é o acarajé

 

Baianas e Baianos deveriam passar por cursos de capacitação – Na opinião da baiana de acarajé, um curso de manipulação de alimentos poderia ser um diferencial no momento de renovação da licença dos vendedores.

“A gente faz parcerias para diversos cursos, dentre eles, o curso de manipulação de alimentos, mas poucos vão. Tem algumas que são conscientes e fazem [o curso], tem outros que não. Higiene é fundamental para se trabalhar com comida de rua. Eu já vi casos escabrosos de baianas que passam uma semana com o mesmo azeite e não o troca, tem algumas que não limpam o camarão. Então o curso ensinaria regras de higiene para que certos tipos de comportamento fossem evitados. A SEMOP e a Vigilância Sanitária deveriam fazer uma parceria e solicitar isso [o curso de manipulação de alimentos] no  momento de renovação da licença, eu sugeri isso para eles”.

Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, responsável pelas inspeções sanitárias diz que “a Vigilância Sanitária  incluiu a coleta do produto acarajé no Programa Municipal de Monitoramento dos Alimentos. No momento da coleta, os Fiscais de Controle Sanitário realizam as medidas fiscalizatórias que se fizerem pertinentes”.

Sobre o curso de manipulação de alimentos, a secretaria alega que  a “Comissão de Comida de Rua estuda a sugestão dada pela baiana, que pode ser levada para uma próxima reunião da comissão”. A SEMOP não se manifestou.

Um curso de matemática financeira é de grande utilidade para manter as contas no azul. “O curso  auxilia a calcular o quanto vão cobrar e o quanto vão lucrar nas vendas. Só a massa que leva o feijão fradinho, tem que deixar de molho na água por no mínimo quatro horas. Amendoim, castanha e camarão são caros e é lógico que isto vai contribuir no preço o acarajé. Um balde de azeite de dendê custa hoje, em média, R$ 72 reais. Saber o básico sobre finanças é essencial para manter as contas em dia”, acrescenta Rita, alegando que a Abam tem parceria com o Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra (SIMM) para este curso e que, o preço do acarajé com camarão em Salvador custa em média R$ 10 reais.

Acarajé, sim. Bolinho de Jesus, não – O nome ‘Bolinho de Jesus’, largamente utilizado por comerciantes de acarajé que geralmente são de religião protestante, é algo que irrita profundamente a presidente da Abam.

“Não se muda a história do acarajé por causa de uma religião. Ele é um elemento sagrado na cultura do terreiro e um símbolo importante na cultura afro. Não há problema em ser evangélico e vender acarajé, até porque, exigir uma religião para a pessoa exercer uma profissão é inconstitucional, isso não existe. O problema é você tirar a essência e o significado do acarajé por causa de intolerância religiosa, da ignorância das pessoas, que é um exemplo claro de ataque ao Candomblé. Se não quer utilizar o nome acarajé, que se use a nomenclatura bolinho de feijão frito no azeite de dendê da fulana ou sicrano, mas não troque o nome acarajé”, diz.

A baiana também critica a moda do ‘acarajé gourmet’. “Esses restaurantes vão incrementando ingredientes que não tem nada a ver com o quitute. Isso foi criado por chefes de cozinha que desconhecem o real significado do acarajé”.

Campanha pede baiana paramentada – A campanha ‘Baiana Legal’ se dedica a preservar o ofício dos vendedores de acarajé. A campanha é adotada pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), Conselho Municipal de Políticas Culturais de Salvador (CMPC) e a própria Abam. A Abam quer conscientizar os comerciantes de acarajé para a valorização e resguardo da tradição do ofício de baianas como símbolo cultural.

O Art. 2º , Parágrafo 4º do decreto 26.804, que dispõe sobre a localização e funcionamento do comércio informal exercido pelas baianas de acarajé, diz : As baianas e os baianos do acarajé, no exercício de suas atividades em logradouros públicos, utilizarão vestimenta típica de acordo com a tradição da cultura afro-brasileira, composta para as mulheres de bata, torso, saia de tecido branco ou estampado e para os homens, calça, camisa e bata na cor branca e cofió (espécie de chapéu).

“Tem gente que vende o acarajé e abará para pagar as contas, ter uma fonte de renda. Tem outros que literalmente vivem a essência de ser baiana ou baiano de acarajé como um dever a cumprir.  A campanha é um selo que foi pensada para manter a tradição cultural do nosso ofício e de todo o símbolo histórico que ela carrega. É por isso que é importante utilizar a vestimenta de acordo com a tradição da nossa cultura.  É importante que a população valorize isso e cobre a vestimenta a caráter”, enfatiza Rita.

“Acarajé é uma comida de resistência”, diz professor e doutor – Para Fábio Batista Lima, doutor em Estudos Étnicos Africanos pela Universidade Federal da Bahia (UFBa) o quitute é o símbolo da baianidade.

“O acarajé é símbolo da identidade da cultura negra . É um marco da ancestralidade africana na Bahia . Deve ser respeitado por contar uma história e não ser chamado de outro nome, como Bolinho de Jesus e afins”, diz o especialista.

Ele conta que a palavra acará (que em iorubá significa ‘comer fogo’) é o nome de uma comida dedicada a Iansã a deusa dos raios.

“Iansã estava esperando nove filhos. Ela foi a um oráculo e este disse que ela não podia comer carne de carneiro e ela comeu e isso fez com que os filhos nascessem mortos, ou seja, ela não cumpriu as prescrições que deveria fazer. Uma forma de retribuir a ela é oferecer os nove filhos mortos, o feto em volta do sangue ( o azeite de dendê), que é o acará. Já o  é o verbo comer. Daí vem a palavra acarajé, que significa comer bola de fogo”, explica o doutor.

No Brasil Colonial, as ganhadeiras (escravas que realizavam tarefas remuneradas e repassavam os ganhos ao senhor de engenho) trouxeram a feitura do acarajé para o Brasil e vendiam o bolinho à noite.

“Elas iam mercando de porta em porta . Foi dessa maneira que muitas escravas conseguiram comprar a sua alforria e ganhar a liberdade. Vender acarajé virou profissão e resistência para estas mulheres”, complementa o professor.

As vendedoras e vendedores de acarajé

Eliene Santos (50 anos) é baiana de acarajé há 30 anos, só no Terreiro de Jesus está há 25. A quituteira diz gostar do que faz. “Eu faço porque quero e porque gosto. Sou evangélica e a minha igreja não impede, não há conflito. Trabalho com as roupas de baiana para reforçar a minha profissão. Eu sou feliz sendo baiana de acarajé”, diz ela, que começou na área vendendo o quitute para o irmão mais velho.
Além de acarajé e abará, ela vende doces de banana e tamarindo, cocadas e bolinho de estudante. Ela não sabe quantos acarajés vende por dia ou semana. “ Ah, são muitos. Eu não paro para ficar contando”.

Eliene Santos (E) vende acarajé no Centro Histórico há 25 anos

 

Gervásio dos Santos (52 anos) vende acarajé há 15 anos. É engenheiro industrial por formação, chegou a trabalhar no Polo Petroquímico de Camaçari, mas, pediu para sair do emprego porque teve alergia. Decidiu seguir os passos da mãe, que durante muito tempo foi baiana de acarajé.
Hoje, ele ocupa o antigo ponto dela, localizado na Avenida Manoel Dias da Silva, na Pituba, próximo à loja da Ricardo Eletro . “Acarajé é o que mata a fome do povo e é daqui onde tiro o meu sustento e o da minha família. Trabalho com muito prazer”, disse ele.
O baiano de acarajé faz questão de vendê-lo paramentado com as vestimentas típicas: calça, camisa, bata branca e cofió ( espécie de chapéu masculino). Não sabe dizer quantos acarajés  vende por dia ou semana . “Eu não contei e nunca vou contar. Dá azar, sabia?”.

Gervásio (E) é filho de baiana de acarajé e trabalha com as vestimentas típicas

Jandira Souza ( 78 anos) é vendedora de acarajé há 38 anos. Há 11, vende seus quitutes na Rua da Imperatriz, na Cidade Baixa.  Foi ajudando uma baiana de acarajé que ela adentrou neste meio. “ Ninguém fazia acarajé na minha família. Tinha uma baiana na rua onde morava e eu a ajudava. Fui aprendendo, tomando gosto pela coisa, fiz curso e hoje estou aqui. Eu me sinto realizada”, diz ela, que nunca usou adornos ou a roupa de baiana para vender acarajé e abará. “Eu me sinto bem com roupas normais, sempre vendi assim. O que importa é a qualidade e a satisfação dos clientes com o meu produto”, disse.

D. Jandira não trabalha paramentada; ela diz não se importar com isso

Aramis Silva (25 anos) trabalha vendendo o bolinho para a ‘Tia Duda’, que foi baiana de acarajé durante 32 anos,  e, cujo o ponto de venda é na Avenida Sete de Setembro, próximo ao Relógio de  São Pedro. Ele diz que o segredo para o sucesso das vendas é fazer as coisas com dedicação. “ Eu vendo acarajé e abará aqui para as pessoas com amor e muita atenção. Para vender, a pessoa tem que gostar mesmo de fazer e esse é o segredo”, diz o rapaz. Ele estima vender  mais de mil acarajés por semana, de segunda a sábado.

A tia de Aramis Silva foi baiana de acarajé por 32 anos

CURIOSIDADES

Abam– Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivos e Similares foi criada em 1997, por uma baiana de acarajé, chamada Clarice dos Anjos, na laje sua casa, no bairro de Itapuã. A  associação surgiu com o nome de ABA- Associação de Baianas de Acarajé, mas, mudou a nomenclatura para Abam, para abranger baianas vendedoras de mingau e baianas de receptivo.  A Abam tem núcleos em Brasília, João Pessoa, Manaus e Porto Alegre. Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo possuem estrutura própria de associações como a Abam. Para saber mais sobre a associação, acesse (https://goo.gl/Cypzzt)

Acarajé – É um bolinho de feijão fradinho, cebola e sal, frito em azeite de dendê.  É uma iguaria originária da África, mais precisamente, do Golfo do Benin. Na Costa Ocidental da África, a venda do quitute servia como forma de autonomia das mulheres negras em relação aos homens.

Candomblé – O acarajé é  uma comida sagrada e ritual, ofertada aos orixás, principalmente a Xangô e a sua mulher, a rainha Oiá (Iansã). Nas celebrações destinadas a Iansã o acarajé é servido sem recheio e sempre se faz presente.

Dia da Baiana-  25 de novembro é o Dia Nacional da Baiana de Acarajé

Massa vendida já pronta – A Feira de São Joaquim é o comércio popular mais conhecido entre os vendedores de acarajé por causa do preço vantajoso,qualidade e variedade de ingredientes.  Na feira, vende-se a massa de acarajé e abará já pronta. Ela é moída em um maquinário e embalada em um saco plástico. O quilo da massa custa geralmente R$ 3 reais.

O que é que a baiana (ou baiano) tem no tabuleiro – Abará, acarajé (itens obrigatórios) e azeite de dendê para a fritura; bolinho de estudante, cocadas, lelê e passarinha, podem ser opcionais. Vatapá, caruru, pimenta, salada de tomate e o camarão seco podem ser utilizados como complementos ao bolinho . “Tem baianas que colocam chuchu e repolho na salada. Tem cliente que gosta”, diz Rita.

Patrimônio Cultural Imaterial Baiano e Brasileiro – O Ofício das Baianas do Acarajé é patrimônio cultural imaterial brasileiro, registrado pelo IPHAN, em 14 de janeiro de 2005, no Livro de Registro dos Saberes – (https://goo.gl/5ZcRSf e aqui https://goo.gl/mPtvi1). Na Bahia, o Decreto Estadual Nº 14.191/2012 do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), institui o ofício das baianas de acarajé como Patrimônio Imaterial da Cultura Baiana (https://goo.gl/RfBX6f) .

Profissão – As baianas de acarajé foram incluídas, oficialmente, na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) em 2017 (https://goo.gl/f7Atz1).

Salvador- O decreto nº 26.804 de 01 de dezembro de 2015 dispõe sobre a localização e funcionamento do comércio informal exercido pelas baianas e baianos de acarajé e do mingau em logradouros públicos. (https://goo.gl/vmRXTJ).

Para saber mais sobre o ofício das baianas de acarajé (https://goo.gl/szVUZi)