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Riscos cibernéticos são considerados a maior ameaça aos negócios no mundo

Se por um lado, a digitalização das operações facilita o dia-a-dia de muitas empresas, por outro aumenta os riscos envolvendo cibersegurança. Os riscos cibernéticos são considerados a maior ameaça aos negócios no mundo. No Brasil, eles ocupam o segundo lugar. É o que revelam os dados da pesquisa CEO Survey 2022, da PwC.

Para os líderes brasileiros, os riscos cibernéticos podem afetar os negócios de diferentes formas. A maioria acredita que a principal ameaça seja diminuir a capacidade da empresa de inovar através da tecnologia ou de processos (59%). Seguido da redução da capacidade de vendas de produtos ou serviços (53%), levantar capital (15%) e atrair e reter talentos (11%).

Cada vez mais corriqueiros, ciberataques põem em risco não só os dados pessoais, como também a reputação e a credibilidade de empresas e até mesmo de governos. Segundo a consultoria alemã Roland Berger, no ano passado, o Brasil foi o 5º país que mais sofreu crimes cibernéticos. Sequestros de sistemas, postagem de mensagens indevidas, vazamento de dados ou extorsão, as consequências de um ataque cibernético impactam para além do virtual.

Prevenção

Para evitar os custos operacionais e reputacionais de lidar com os efeitos de um ataque cibernético, este ano 83% das organizações brasileiras preveem um aumento nos gastos com cibersegurança. No mundo, este percentual é de 69%. Em 2020, esses índices foram de 55% e 57%, respectivamente.  É o que apontam os resultados da pesquisa Digital Trust Insights 2022, da PwC.

“Os dados demonstram uma mudança na mentalidade dos gestores, especialmente no Brasil, onde a pesquisa revelou um maior engajamento dos CEOs na discussão de métricas, questões cibernéticas e de privacidade. Isso é fundamental para o momento em que estamos vivendo, que os gestores estejam realmente na dianteira e na vanguarda dos processos e das inovações”, afirma Luciano Sampaio, sócio da PwC Brasil.

No entanto, há muito espaço para melhoria. Apenas cerca de um terço das organizações no mundo tem práticas avançadas de confiança de dados. 77% dos executivos brasileiros (75% dos globais) relatam que há muita complexidade em suas organizações em relação a aspectos como tecnologia.