Por Redação – REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

 

Um porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza afirmou neste domingo (5) que 47 palestinos foram mortos e muitos ficaram feridos em um ataque de Israel ao campo de refugiados Maghazi, na região central de Gaza.

Na véspera, a agência de notícias Wafa havia dito que eram 51 vítimas, a maioria mulheres e crianças. As afirmações não puderam ser verificadas de forma independente. A Wafa pertence à Autoridade Nacional Palestina (ANP), que controla parcialmente a Cisjordânia e é rival do grupo terrorista Hamas.

Se confirmado o ataque a Maghazi, ele deve se juntar a uma série de ofensivas em que Israel diz estar mirando “terroristas”, em referência aos membros do Hamas. A facção palestina, por sua vez, refere-se às vítimas como “mártires”, sem fazer distinção entre combatentes e civis.

Além disso, neste domingo (5) o Ministério da Saúde de Gaza informou que 21 palestinos de uma mesma família foram mortos em ataques israelenses, em um bombardeio que atingiu a casa da família de Abu Hasira.

O aumento crescente do número de vítimas palestinas segue gerando reações de líderes internacionais. A ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, afirmou em entrevista a jornalistas no Catar que “muitos civis” já morreram nos ataques israelenses à Faixa de Gaza.
Segundo ela, escolas, hospitais, trabalhadores humanitários e jornalistas no território palestino devem ser protegidos.

Já em Israel, um oficial foi suspenso das reuniões do governo após sugerir um ataque nuclear contra a Faixa de Gaza. O ministro do Patrimônio, Amichai Eliyahu, integrante de um partido de extrema-direita da coalizão que comanda o país, disse em entrevista à uma rádio local que lançar uma bomba atômica no território palestino “é uma das possibilidades”.

Questionado sobre o destino da população palestina, afirmou que “eles podem ir para a Irlanda ou para os desertos”. “Os monstros em Gaza devem encontrar uma solução por si mesmos”, acrescentou.