Por Redação – Foto CarlosAmilton/AgênciaBA

 

Na tarde desta quarta-feira (27), a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) foi palco de defesa da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás). O ato, realizado no Auditório Jornalista Jorge Calmon, foi proposto pelo deputado Fabrício Falcão, do Partido Comunista do Brasil (PC do B), que desempenhou um papel fundamental na organização do evento. Durante o encontro, diversos participantes destacaram a importância estratégica da empresa pública para o desenvolvimento econômico e social do Estado.

O deputado Fabrício Falcão, ao fazer a abertura do evento, falou sobre a relevância vital da Bahiagás para o estado baiano. Ele trouxe à tona a recente publicação do edital pela Bahiainveste, que indicava a possibilidade de estudar a privatização da Bahiagás. O deputado contextualizou ainda que a empresa responsável pelo estudo, o Grupo Genial, havia participado do processo de privatização da Eletrobrás e da Companhia de Gás do Espírito Santo.

O parlamentar disse que a Bahiagás desempenha um papel crucial na indústria baiana e mencionou o exemplo da privatização da Coelba, que atualmente enfrenta um alto número de reclamações por parte dos usuários no estado. Ele destacou que o debate não era simplesmente panfletário, mas sim uma discussão séria sobre a importância da companhia para a Bahia em termos de desenvolvimento social e econômico.

Outros legisladores também se manifestaram durante o evento. O deputado Hilton Coelho, do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), questionou a contratação da empresa para estudar a companhia baiana e argumentou que a Bahiagás não deveria ser objeto de estudo para privatização, caso o governo não tivesse a intenção de privatizá-la. Ele também informou que apresentou um projeto à ALBA propondo a revogação da Lei 7.029/1997, que abre a possibilidade de transferir a empresa estatal para a iniciativa privada.

A deputada Olívia Santana, também do PC do B, comentou sobre a existência do estudo e a possibilidade de atrair investidores estrangeiros para uma eventual venda da Bahiagás. Ela salientou que o desenvolvimento da Bahia depende fortemente desse setor estratégico.

O deputado Robinson Almeida, do Partido dos Trabalhadores (PT), utilizou o exemplo da privatização da Coelba para demonstrar que a privatização nem sempre traz melhorias para os consumidores. Ele argumentou que a Bahiagás não deveria ser privatizada e que era necessário cancelar o contrato com o Grupo Genial.

O diretor-presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza, apresentou a empresa para o público, destacando a expansão e os esforços para atender a região sudoeste do estado, incluindo a construção do maior duto de distribuição de gás do país. A empresa já atende 22 municípios e possui cerca de 74 mil clientes cadastrados.

Diversos representantes de sindicatos, trabalhadores, e políticos enfatizaram a importância de manter a Bahiagás sob controle do estado e a preocupação com os estudos sobre privatização.