No Centro do debate da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), iniciada em 1º de novembro, os compromissos e acordos sobre redução do carbono na atmosfera. A substância está presente em forma de gás carbônico (CO2). Sua emissão está ligada diretamente ao efeito estufa. E sua presença na atmosfera impede a saída da radiação solar, produzindo uma espécie de bolha de calor. Vistas as condições do planeta, fica claro que agir sobre as causas do problema é crucial e urgente. “Na prática, no dia-a-dia, só uma produção limpa e sistematicamente ordenada, dentro das metas ambientais adequadas, pode tornar isso viável. Falando com clareza: precisamos normalizar a produção limpa. Com a observação de metas de segurança, preservação da natureza e assim as empresas criam uma cultura, uma linha de produção contínua dentro dos padrões sustentáveis. Muitas já estão seguindo este caminho. É uma gestão inteligente”, comemora Vinícius Oliveira, Engenheiro Ambiental da Henvix.

O mercado de produção limpa tem futuro e atrai investimentos e clientes que desejam produzir com mais segurança e respeitando a sustentabilidade. A Henvix Ambiental abriu as portas em Porto Seguro, na Bahia, este ano. Nasceu em meio a pandemia, com a confiança dos sócios nas perspectivas de crescimento da área de gestão ambiental naquele estado e no Brasil. “Foi uma aposta acertada”, explica Victoria Rizo, CEO da empresa. “Já tínhamos experiência na área em todo o país e decidimos investir mais, fincando raízes em Porto Seguro e prestando serviços em nível nacional. Gerando empregos aqui e em outros estados”, situa ela.” Vemos esses movimentos internacionais das Nações Unidas, de grande repercussão, como oportunidade de conscientizar o mundo, a população, as corporações, para temas que antes pareciam distantes da nossa realidade”, comenta Victoria, advogada e especialista em certificação ambiental. “Parece algo incansável falar em zerar o carbono na atmosfera, mas não é isso. Se explicarmos de maneira clara, que ele é uma espécie de combustível para o efeito estufa e que investir em reciclagem e no descarte adequado de resíduos plásticos são ações simples para um controle e  propostas razoáveis, que estão dentro da realidade de empresas e da população, levamos a informação e a conscientização a todos. Zerar emissão de carbono, diminuir danos não são só temas distantes em uma conferência mundial. São uma perspectiva real”, reforça Vinícius Oliveira.

Fortalecimento da pauta da sociedade

Os especialistas defendem que o debate sobre sustentabilidade esteja nas escolas e agregado à economia e natureza. “No final das contas, produção limpa evita gastos com a redução de danos causados à natureza que é preservada e sai mais barato investir em projetos com um escopo sustentável, que correr riscos de precisar acionar planos de contingência para conter poluição e problemas gerados em territórios produtivos, por exemplo. Sem contar que danos ao meio ambiente não são necessários para produzir bem. A natureza deve ser uma prioridade e isso não impacta na produção das empresas se esta for bem planejada”, explica Victoria Rizo. “Aproveitando os debates da COP26, podemos começar a busca pelas metas acordadas, desde a educação nas escolas até a certificação ambiental dos grandes projetos de infraestrutura e desenvolvimento, sugere. “Na Bahia e em boa parte do Brasil, vemos um crescimento do interesse em ações de produção limpa. É um avanço. Ganham a natureza, a sociedade e as empresas. Economia limpa é o futuro”, conclui ela.