Por Redação – Foto Feijão Almeida/GOVBA
Foi lançada nesta segunda-feira (18), no Senai/Cimatec com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, a ação Agroindústria Familiar na Bahia, que tem o objetivo de organizar a produção da agricultura familiar no estado. Serão investidos R$ 76 milhões nos próximos anos que deverão alcançar 402 agroindústrias e atender cerca de 44 mil famílias em 318 municípios.
Representando o governador Jerônimo Rodrigues, o vice-governador Geraldo Júnior destacou a contribuição dessa iniciativa para o desenvolvimento rural baiano. “Estamos celebrando convênios, termos de cooperação técnica, valorizando o homem e a mulher do campo e favorecendo que essas famílias produzam e permaneçam no campo, gerando renda”, afirmou Geraldo Júnior.
De acordo com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Osni Cardoso, esse investimento vai promover o avanço do setor. “O Senai/Cimatec vai ser o grande parceiro da gestão da agroindústria. Ele será responsável por treinar e formar todos os nossos 505 técnicos e vão assistir às quase 22 cooperativas”, afirmou o secretário.
Na ocasião, foram anunciadas estratégias inovadoras de apoio técnico especializado para dinamizar a agroindustrialização da agricultura familiar baiana, como o Programa de Formação Agroindustrial dos Empreendimentos da Agricultura Familiar da Bahia. Foi celebrado ainda um acordo de cooperação técnica entre o Governo da Bahia e o Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, para a execução do projeto Quilombo Legal 2, que irá beneficiar 170 comunidades quilombolas na Bahia.
O ministro Paulo Teixeira explica sobre essa iniciativa. “Estamos fazendo um convênio com o governo da Bahia e repassando um recurso para aumentar a nossa capacidade de fazer o mapeamento dessas áreas, fazer o decreto para aquisição das áreas e dar os títulos aos quilombolas. Ao mesmo tempo, nós mandamos um recurso para fazer os chamados quintais produtivos, ou sisteminhas, que são pequenas produções, normalmente coordenadas por mulheres, que possam garantir uma renda para essas famílias”, ressaltou o ministro.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) autorizou o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a transferir recursos do Fundo de Terra no valor de R$ 100 milhões para o financiamento de contratos para acesso à terra, para atender agricultores sem terra ou com pouca terra.
Para o coordenador Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Brasil, José Ramos, o projeto vai trazer avanços para esse segmento da sociedade. “Esse termo de compromisso é de muita importância para nós. Atualmente, são 851 comunidades quilombolas certificadas na Bahia e cerca de 1.500 comunidades reconhecidas. Acredito que esse termo venha trazer uma produtividade para as nossas comunidades, e a titulação do nosso território vai nos fortalecer e trazer paz”, disse Ramos.
Na oportunidade, foi firmada parceria para a realização da 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, que, nesta edição, contará com empreendimentos de outros estados do Brasil. Durante a solenidade foram entregues títulos de terra coletivo à comunidade Quilombola Curral de Pedra, no município de Abaré. Foi assinado ainda acordo de cooperação entre o governo da Bahia e o Ministério do Desenvolvimento Agrário para regularização fundiária e ambiental em comunidades de Fundo e Fecho de Pasto e de comunidades tradicionais em diversos territórios baianos.